quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Considerações Vadias

Livros, o excesso e a falta deles



Durante minhas caminhadas diárias, de 90 minutos, ouço podcasts, viciado pelos meus filhos. Normalmente escolho Cultura Pop, Cinema ou Literatura.

Ontem, ouvindo no PODOCAST GHOST WRITER (http://programagw.podomatic.com/) a entrevista de Ryoki Inoue, um nissei brasileiro apontado pelo Guiness como o mais profícuo escritor do mundo, com mais de 1.500 títulos publicados, tive dois picos cognitivos. 

Matei uma velha curiosidade. Quem eram os autores daqueles livrinhos em papel amarelo, baratos como um maço de cigarro e pequenos como um lenço, que cabiam no bolso de trás das calças jeans? 95% de chances de – qualquer deles – ser obra do Ryoki Inoue, um médico que largou o profissão para escrever. Fiquei até com vontade de relê-los.

Pessoa fantástica certamente, o japonês multiplicado, vale a pena curtir suas histórias no Google. Contudo, o que me mais prendeu minha atenção foi o comentário de Luiz Eduardo da Matta, um jovem romancista carioca que participava do podcast.

Falou que numa das versões do BBB (não importa o número, porque a unidade já é excessiva) tiraram todos os livro da tal casa quando perceberam que os participantes passavam tempo demais lendo.

Me surpreendeu que lessem e fiquei confuso com  a reação da Globo. Prestaram um mau serviço, porque, além de desestimular a leitura do publico, evitaram que os ‘brothers’ ganhassem cultura.

Mas, refletindo melhor, talvez tenham feito o bem. E se um ‘brother’, lendo algum livro, e se achando um gênio, resolvesse se candidatar a deputado?

2 comentários:

  1. E deu no que deu, não foi mesmo? Baixa literatura só gera um Jean Willys.

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  2. E poucos livros, Carlos, não conhece outras opiniões.

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