tag:blogger.com,1999:blog-7742810636250200672024-03-27T20:54:05.688-03:00paulistandoDouglas Bockhttp://www.blogger.com/profile/13923760297539771867noreply@blogger.comBlogger324125tag:blogger.com,1999:blog-774281063625020067.post-28294402286669491482024-02-26T12:27:00.009-03:002024-03-20T11:41:35.725-03:00O Fauno antes da Musa<p> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQt0zgEmsmXnKmG18IUlnsofff9X5pSgKdjueaqVr8PZ1dpFNTpFE4esP6gGSyWSs8UobfNJH0AE0UPD-j6r-YLxt77tzJ3xChgY2qJLYOqhu-azvw5MCOBkOUOpovIn4pAeqLJWz8mL2Ydo9pzt7XOQvsniT3kheKK-BEz3e4hCQhO3rbVS0k8FCPeCq-/s1913/20240226Fauno.png" style="clear: left; display: inline; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1913" height="245" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQt0zgEmsmXnKmG18IUlnsofff9X5pSgKdjueaqVr8PZ1dpFNTpFE4esP6gGSyWSs8UobfNJH0AE0UPD-j6r-YLxt77tzJ3xChgY2qJLYOqhu-azvw5MCOBkOUOpovIn4pAeqLJWz8mL2Ydo9pzt7XOQvsniT3kheKK-BEz3e4hCQhO3rbVS0k8FCPeCq-/w432-h245/20240226Fauno.png" width="432" /></a></p><p><span style="font-family: helvetica; white-space-collapse: preserve;">Para tomar um café no 'Floresta' (Copan), o melhor caminho é cruzar o Bosque dos Bispos. Um capão de alamedas sombreadas que cobre a Praça Dom José Gaspar, entre a Biblioteca Mário de Andrade e a Galeria Metrópole. Existe uma história interessante sobre este local, uma lenda urbana ramificada em várias versões.</span></p><span style="font-family: helvetica;"><span style="white-space-collapse: preserve;">Enquanto trabalhava no Monumento às Bandeiras Victor Brecheret, nas horas vagas, esculpia seu famoso 'Fauno'. O Prefeito Prestes Maia viu o modelo em terracota e calculou que ficaria muito bem acomodado no parque que planejava construir nos fundos da Biblioteca Municipal. Queria atender o desejo do Arcebispo Dom José Gaspar – que morreria num acidente de avião, em 1943, junto com Cásper Líbero - registrado na cessão do terreno, sugerindo a preservação dás arvores, porque gostava de orar na sombra delas.</span><br /><br /><span style="white-space-collapse: preserve;">O 'Fauno' foi para o local escolhido, bem atrás do prédio da Biblioteca Municipal. Mas o povo cismou que era um deus pagão e começou a oferecer prendas e velas votivas. Aquela devoção não agradou os paulistanos que começaram a resmungar: “Bem ali! No gazebo! Na sombra das árvores onde bispos e arcebispos oravam e liam seus breviários? Parece provocação!” </span><br /><br /><span style="white-space-collapse: preserve;">Aqui os sendeiros se embaraçam, existem muitas versões. Porém, num site da Prefeitura, consta que, em 1947, Dona Matilde, esposa do Interventor Federal José Carlos de Macedo Soares, logo que soube dos falatórios, sugeriu levar o 'Fauno' para o Parque Siqueira Campos (o Trianon), defronte o futuro MASP. </span><br /><br /><span style="white-space-collapse: preserve;">No espaço vago do bosque foi colocado um cruzeiro de granito, registrando que ali os Arcebispos meditavam e rezavam. </span><br /><br /><span style="white-space-collapse: preserve;">Atualmente a praça também acolhe quatro pétreos poetas: Camões, Cervantes, Goethe e Dante, que conversam, silenciosa e interminavelmente.</span><br /></span><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="white-space-collapse: preserve;"><span style="font-family: helvetica;">O 'Fauno', que principiou a vida quase excomungado, hoje vive feliz e faceiro. Primeiro, porque seu próprio criador, Brecheret, escolheu o local ideal para acomoda-lo; segundo, porque passa os dias folgadamente lançando olhares libidinosos para o cofrinho da Musa 'Aretusa'.</span></span></p><br /><p></p>Douglas Bockhttp://www.blogger.com/profile/13923760297539771867noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-774281063625020067.post-2064261836280522702024-02-15T14:40:00.004-03:002024-02-23T13:58:36.457-03:00| A aula peripatética do Prof. José Cavalcante de Sousa |<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicffnWHeUkF_oOBmtNUdqkxKNfY5pb4ZncUBu4HEf1SEnGk9cpQ_w3m2hKksmbGv6_IK1wrqcGgRohlxov3q839efB7bZ2gL46o3Py6FwIvsSQDc4WKQPDQ6ZI4hVF9ryrHz7nd5oSV2y6PfQDDIKSN8ztAlyy2TxnAo-fUfIG20coKXpXCZvhpspHLroF/s1048/pjc4.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="541" data-original-width="1048" height="256" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicffnWHeUkF_oOBmtNUdqkxKNfY5pb4ZncUBu4HEf1SEnGk9cpQ_w3m2hKksmbGv6_IK1wrqcGgRohlxov3q839efB7bZ2gL46o3Py6FwIvsSQDc4WKQPDQ6ZI4hVF9ryrHz7nd5oSV2y6PfQDDIKSN8ztAlyy2TxnAo-fUfIG20coKXpXCZvhpspHLroF/w497-h256/pjc4.png" width="497" /></a></div><br /><span style="font-size: 12pt;">Nos fins dos anos 70 estudava Filosofia ‘Pura’ na USP,
sempre à noite. Durante o dia aprendia Engenharia de Computação, na prática,
programando e testando.</span><p></p><p></p><p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Uma das aulas foi especial, extraordinária, inesquecível.
Por isso a mantenho cuidadosamente na memória. O mestre era o Professor Doutor José
Cavalcante de Sousa – o Platão que me foi dado conhecer.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">É fácil lembrar-se dele, um refinado helenista. Entre
muitas outras coisas, organizador e supervisor do primeiro volume da Coleção
‘Os Pensadores’ da Abril Cultural, sobre os Pré-Socráticos. Um marco na bibliografia
filosófica brasileira.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Era uma noite fresca de inverno, talvez agosto, céu limpo.
Quando entrou na sala o mestre informou que aquela lição seria especial – peripatética
- faríamos uma caminhada.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Saímos do prédio da Filosofia em direção à Praça do
Relógio da USP. Um batalhão de vinte e poucas pessoas, embasbacadas, surpresas,
levitavam em torno do nosso mentor, donde evolava a perfumada fumaça do cachimbo,
mantido aceso por porções de fumo que tirava do bolso do paletó.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Hoje sei que foi um privilegio aprender Platão com o
velho Mestre, dezenas de vezes constatei que ele conhecia todos os diálogos de
cor, porque eu sempre acompanhava com o livro aberto suas longas citações, sem
nenhum erro, as vezes repetidas em grego clássico.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal">
</p><p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">O passeio terminou numa tenda armada no meio do gramado, onde
aconteceu o restante da aula.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><br /></p>Douglas Bockhttp://www.blogger.com/profile/13923760297539771867noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-774281063625020067.post-91073198503473084002024-02-12T12:39:00.007-03:002024-03-12T11:21:38.343-03:00|2023mai19 – Cripta de San Biaggio – Apulia / Itália |<p> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGYA00SWA3v6QBs5i8bbWLQr58IBdzQY4g-IoEQGroU_31l7S6HSP4dv4rh8VNUxmRCx_L-yuTLOCf382bJEYsDhYPM4yjQUKIJtMtHuyOWpkaPKQFQgyZqzqJl_p1vKc5_9EZo-7Rc0IyqjxXrb6P7sRRQ8jLJ0swny5DFzoGmh-3irYivuV6p5DgGT-a/s1024/SBiagio01.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="768" data-original-width="1024" height="340" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGYA00SWA3v6QBs5i8bbWLQr58IBdzQY4g-IoEQGroU_31l7S6HSP4dv4rh8VNUxmRCx_L-yuTLOCf382bJEYsDhYPM4yjQUKIJtMtHuyOWpkaPKQFQgyZqzqJl_p1vKc5_9EZo-7Rc0IyqjxXrb6P7sRRQ8jLJ0swny5DFzoGmh-3irYivuV6p5DgGT-a/w453-h340/SBiagio01.png" width="453" /></a></p><p></p><p class="MsoNormal"><span face="Verdana, "sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Entrar na cripta de San Biaggi </span><span style="font-size: 16px;">– Apúlia/Itália - </span><span style="font-size: 12pt;">é acrônico, se perder no Tempo. </span><span style="font-size: 12pt;">Uma imensa caverna, grande
suficiente para abrigar uma pequena comunidade.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Verdana","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Arial;">Na verdade já foi uma
pequena cidade. Existem registros e documentos relatando resquícios de um
templo pagão e de que foi habitada continuamente por comunidades desde V d.C.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Verdana","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Arial;">Mas o que faz a gruta excepcional
são as maravilhosas pinturas rupestres que enfeitam e elevam suas paredes. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Verdana","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Arial;">Os maravilhosos afrescos são
de 1196, século XII, foram pintados por Daniele (e Martins?). Ilustram
reiterados temas católicos e têm referencias bizantina. Estão em muito bom
estado de conservação, considerando que atravessaram quase um milênio.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Verdana","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Arial;">Suas cores resplendem e
resistem aos corrosivos e inexoráveis ataques do Tempo e ainda hoje nos elevam
e encantam.<o:p></o:p></span></p><br /><p></p>Douglas Bockhttp://www.blogger.com/profile/13923760297539771867noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-774281063625020067.post-11632411627924553522024-01-22T17:55:00.005-03:002024-01-22T18:56:31.616-03:00| 2023mai05 – Galleria d’Arte del Molo Sud - SBTronto / Italia |<p> <img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1920" height="263" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxGZ6m13_Dpn-AkkqMvob6DnEyWcmVBwhKOeB7ArFzwDtXF_ozNdCZXQuPPIxIL4X_opFYVjGF3yjJig2YQtTnbQwsQc0RY_0JcX2_u4WOsD7Uiho2OeJ3DhmaF53ChVaegqxOr2Jd5azVb6UFwG7_CggRI485bSWd-xM6MDv1QZF5PsnTEfAzvO-aW2Qw/w468-h263/SBT8.png" width="468" /></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">O 'Museo
d'Arte sul Mare (MAM)' em <span face=""Arial","sans-serif"">San
Benedetto del Tronto possui um dos mais surpreendentes ambientes e espaços de exibição do mundo. O projeto é tão bom que dá inveja de quem teve a
ideia. Uma curiosa galeria quebra-mar.</span></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;"><span face=""Arial","sans-serif"">Uma larga e
extensa avenida/</span></span><span style="font-family: verdana;">corredor</span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-family: verdana;"> que avança 1,5 Km mar adentro. Dos lados da passarela imensos
blocos de mármore branco travertino </span><span style="font-family: verdana;">– de </span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-family: verdana;">1
a 5 metros de lado - estão dispostos de forma não muito bem organizada. Alguns
já estão esculpidos, outros aguardam por mãos de artistas do mundo todo –
convidados ou candidatos (se aprovados) - podem esculpir nos blocos livres.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Percorrer esta
estrada de mármore branco é como revisitar a vasta galeria de sonhos e
pesadelos do inconsciente coletivo da humanidade, transformado em pedra. Heróis
e monstros; princesas, fadas e bruxas; ETs e alienígenas. Seres surrealistas,
sonhos, devaneios, obsessões, desejos e medos petrificados.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Ainda restam
muitos blocos rudes esperando atrevidos e destemidos... <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif""><span style="font-family: verdana;">Eu pretendo
voltar para beijar de novo a sereia que assediou Ulisses.</span><o:p></o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br />Douglas Bockhttp://www.blogger.com/profile/13923760297539771867noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-774281063625020067.post-65209537469698521812024-01-17T11:51:00.000-03:002024-01-17T11:52:11.724-03:00 | 2023mai23 – Castelo de Otranto - Puglia / Italia |<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfvVjYczUys-YTkwuFW15vlnhuBo18hPZKnDAeIVRcWG8NCoxFWP5LIYxS8R8a-WyIIai5bhtKnjV9mrXPShusuEwzkiO-wYwZFArhQe1vQvCePMk7IiMcET1Ihr3e2JJ8JNNbwo6cBrIQVxYKwNaYvuN8eGrL4ydUMf3oBd8LchlZD-MEjejWr03uHrYo/s2984/bb6.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1470" data-original-width="2984" height="216" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfvVjYczUys-YTkwuFW15vlnhuBo18hPZKnDAeIVRcWG8NCoxFWP5LIYxS8R8a-WyIIai5bhtKnjV9mrXPShusuEwzkiO-wYwZFArhQe1vQvCePMk7IiMcET1Ihr3e2JJ8JNNbwo6cBrIQVxYKwNaYvuN8eGrL4ydUMf3oBd8LchlZD-MEjejWr03uHrYo/w437-h216/bb6.png" width="437" /></a></div><br /> <p></p><p><span style="font-family: verdana;"><br /></span></p><p><span style="font-family: verdana;"><br /></span></p><p><span style="font-family: verdana;"><br /></span></p><p><span style="font-family: verdana;"><br /></span></p><p><span style="font-family: verdana;">O Castelo de Otranto existe, de verdade. Não é apenas uma invenção do Lord Horace Walpole.</span></p><p><span style="font-family: verdana;">Suas sólidas pedras se empilham imponentes e prepotentes no salto da bota italiana. Desafiadoras e vigilantes, prometendo deter os barcos inimigos do Mediterrâneo. Um baluarte poderoso e estratégico, desde tempos alucinados das cruzadas.</span></p><p><span style="font-family: verdana;">Esperta e inesperada escolha de cenário para o primeiro romance gótico, sobretudo porque imaginada por um Lord inglês.</span></p><p><span style="font-family: verdana;">Dentro da imensa fortaleza cabem as mais incríveis e mirabolantes aventuras, lendas e fabulações. Todo autor adora suas criaturas, nunca ficam muito longe delas. O conde deve vagar eternamente pelos corredores, jardins, paredões e ameias da fortaleza.</span></p><p><span style="font-family: verdana;">Foi fácil encontrar o Lord, vestido de rendas azuis, calmamente olhando o por do sol numa das ameias.</span></p><p><i><span style="font-family: verdana;">– Sir Horace porque trouxe para este castelo, nas fronteiras do mundo, o intrincado novelo de seus enredos?</span></i></p><p><span style="font-family: verdana;">Me olhou surpreso, ajustou a faixa de seda dourada que cruzava sua cintura, depois respondeu.</span></p><p><i><span style="font-family: verdana;">– Porque a vida vivida é plana e vulgar. Nela, o que mais vale, são os sonhos impossíveis. Que são melhores em lugares ensolarados, onde delirar, divagar, enganar possibilita ir além da imaginação.</span></i></p><p><span style="font-family: verdana;">Depois sumiu, dissolvido nos reflexos do mar ao entardecer.</span></p><p><br /></p>Douglas Bockhttp://www.blogger.com/profile/13923760297539771867noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-774281063625020067.post-82759374512677807322024-01-11T14:47:00.003-03:002024-01-13T12:20:40.412-03:00| 2023set19 – Casa de Maurice Ravel – Ciboure / França |<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhU0LY1eENBDaUgaiIByHlfo8NSwe4A0Lv1z-SKGSE4Wvls2U-YsyUSFm18rmkarmQrJTxRRG1mCkMneSnv2gniMhkOsiWOidlcXpOHuMMfBTjaHrW8SYn4RWKHDC9rxPqwBScKVdThb2SD5blTyvHcVZCIKi9ckWcIt-NLKRcaGUdcrxPSvLI7f_O9PP3b/s2000/Ravel5.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2000" data-original-width="1583" height="385" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhU0LY1eENBDaUgaiIByHlfo8NSwe4A0Lv1z-SKGSE4Wvls2U-YsyUSFm18rmkarmQrJTxRRG1mCkMneSnv2gniMhkOsiWOidlcXpOHuMMfBTjaHrW8SYn4RWKHDC9rxPqwBScKVdThb2SD5blTyvHcVZCIKi9ckWcIt-NLKRcaGUdcrxPSvLI7f_O9PP3b/w305-h385/Ravel5.png" width="305" /></a></div><br /><p></p><p></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;"><span style="background-color: white; color: #050505; font-size: 18.75px; white-space-collapse: preserve;">Fui até Ciboure, na mais funda dobra do Mar Cantábrico, Baia de Biscaia, divisa da França e Espanha. Queria conhecer a famosa casa que hospedou o Cardial Mazarin e onde Maurice Ravel nasceu.</span></span></p><p class="MsoNormal"><span style="background-color: white; color: #050505; font-family: verdana; font-size: 18.75px; white-space-collapse: preserve;">Tempo e acaso formam uma dupla ardilosa e o maestro trafega entre as duas, não sabia qual versão dele ia encontrar.</span></p><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-size: 18.75px; white-space-collapse: preserve;"><span style="font-family: verdana;">Me coube a emanação da Primeira Guerra, 1914. O mestre balançava entre duas coisas: lutar pela França e compor ‘Le <a style="color: #385898; cursor: pointer;" tabindex="-1"></a>Tombeau de Couperin’.</span></div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-size: 18.75px; white-space-collapse: preserve;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-size: 18.75px; white-space-collapse: preserve;"><span style="font-family: verdana;">Para as batalhas era magro demais - 1,57 metros e 48 quilos. Quanto à música? Podia trabalhar dentro de sua cabeça.</span></div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-size: 18.75px; white-space-collapse: preserve;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-size: 18.75px; white-space-collapse: preserve;"><span style="font-family: verdana;">Passava os dias sentado numa colina e olhando o mar. Parecia feliz, tinha conseguido ser recrutado como motorista militar.</span></div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-size: 18.75px; white-space-collapse: preserve;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-size: 18.75px; white-space-collapse: preserve;"><span style="font-family: verdana;">- Parabéns Mestre, enfim vai para a Guerra.</span></div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-size: 18.75px; white-space-collapse: preserve;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-size: 18.75px; white-space-collapse: preserve;"><span style="font-family: verdana;">- É preciso persistir, como num bolero. Repetir o tema e aumentar a intensidade. Sempre dá certo.</span></div><p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: verdana;"><span style="background-color: white; color: #050505; font-size: 18.75px; white-space-collapse: preserve;">Ficamos em silencio ouvindo o marulho do mar, repetição e variedade</span>.</span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></p><br /><p></p>Douglas Bockhttp://www.blogger.com/profile/13923760297539771867noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-774281063625020067.post-34271385267808306532024-01-04T15:04:00.001-03:002024-01-04T15:07:56.302-03:00| 2023mai10 – Castelo Roccascalegna - Abruzos / Italia |<p><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlrBHlDeYuaSUwe_CqJ6Y6K9sZkrdPWV56WUSy66uKr0Zz6vDbwM1mAbFwtdnp_eDj3WLTbG-hLLAc_kfcK-ZybfwGBYLY9OQbbnmh6qEbrh3pk4DwVg6L1Mqt5Vmm9TRmXcnuPb5W5zQlPe5rfi8jMRJVQ3jRc0RFlBWC522ClCopXVMJuyT_T0R8DBmO/s1021/castelo2.png" style="clear: left; display: inline; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="701" data-original-width="1021" height="351" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlrBHlDeYuaSUwe_CqJ6Y6K9sZkrdPWV56WUSy66uKr0Zz6vDbwM1mAbFwtdnp_eDj3WLTbG-hLLAc_kfcK-ZybfwGBYLY9OQbbnmh6qEbrh3pk4DwVg6L1Mqt5Vmm9TRmXcnuPb5W5zQlPe5rfi8jMRJVQ3jRc0RFlBWC522ClCopXVMJuyT_T0R8DBmO/w510-h351/castelo2.png" width="510" /></a></p><p></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: medium;">Roccascalegna é um castelo único. Esquisito, bizarro,
sorrateiro e extravagante. Mesmo nos dias de Sol mais quente exibe metamorfoses
e inventa surpresas nas altas montanhas de Abruzos, no Gran Sasso d’Italia.</span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: medium;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: medium;">Examinado por dentro, parece que começou como uma cabana de
pedra que foi crescendo, encorpando até virar um edifício imenso que domina e
vigia os vastos horizontes. Pronto para um ataque inesperado. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: medium;">Mutante, jamais se repete, as estranhezas e os arrepios permanecem
onipresentes e sorrateiros, o inesperado se esconde na espreita perpétua.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: medium;">No dia que visitei – tenho certeza - Edgar Allan Poe
comandava o espetáculo. O sol, a chuva, a neblina e o mistério se revezavam no
palco. A cada minuto mudava o cenário, o clima e o sentido do mundo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: medium;">Fica a 70 Kms de Pescara, uma pinta no tornozelo da bota italiana.
Exatamente no lugar onde – atualmente - as meninas amarram uma correntinha.
Entre montanhas imensas, que o castelo-dragão domina e vigia.<o:p></o:p></span></p><br /><p></p>Douglas Bockhttp://www.blogger.com/profile/13923760297539771867noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-774281063625020067.post-84412806488539145322023-12-29T11:22:00.009-03:002024-01-04T15:08:03.598-03:00| 2023set29 – Aqueduto de Povoa de Varzim / Portugal |<p> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwYa26zzQsSpftczT2H1wvhA-Qx2Lc_fF4ZfvxUtqm40mVQ-d_OiaXwYmxOyE6GUEHobE8eDgGy9BFnISspYjJZeCxPGgVmcIoEoqHFYUCUUeUbmb9kLDAi3l8KKkmH-MXQTDsDm_y3-caNygtljEG-cQJYmGvJzvkYXZM7OE95awTfTK3uDzBjICScX9h/s1379/Arqueduto.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; display: inline !important; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1379" data-original-width="1200" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwYa26zzQsSpftczT2H1wvhA-Qx2Lc_fF4ZfvxUtqm40mVQ-d_OiaXwYmxOyE6GUEHobE8eDgGy9BFnISspYjJZeCxPGgVmcIoEoqHFYUCUUeUbmb9kLDAi3l8KKkmH-MXQTDsDm_y3-caNygtljEG-cQJYmGvJzvkYXZM7OE95awTfTK3uDzBjICScX9h/s320/Arqueduto.jpg" width="278" /></a></p><p>É um pouco estranho para nós, cidadãos de Pindorama, quando viajamos
de carro pela Europa, encontrar, depois de cada curva, atrás de todos os morros,
alguma ruina romana ou medieval. Parece que preexiste um rascunho, um esboço do
que devemos fazer.</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">E, para complicar, a minuta é de excelente qualidade, difícil
de superar.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Sempre me espantam os aquedutos romanos, omnipresentes, imensos,
elegantes. Poderosos e eficientes.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Para mim, parecem ao mesmo tempo uma pauta de música e um enigma/desafio
a ser decifrado.<o:p></o:p></p><br /><p></p>Douglas Bockhttp://www.blogger.com/profile/13923760297539771867noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-774281063625020067.post-64955870944534782332023-12-13T18:44:00.005-03:002023-12-13T19:27:58.051-03:00| 2023set17 – Castelo de Montesquieu – Brède/França |<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBLT4Il9dMQRM5O5L3Td3PNqpUG4zZUi59QHECIUr2IdldcteEsfdbXGUYl1w_vsTtYY2uZnOc9FKUUP43fuc9Jh9nUt4sqiEUSpATGjtniB2eU5Rli5zf0EoV7zhaky3J3i59AtfSgmSxVOirdlJBsXJgOkfH19Qe8mWLlrKAOM-gecjz-b83ZPiFTbxq/s1920/Montestuieu7.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1920" height="256" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBLT4Il9dMQRM5O5L3Td3PNqpUG4zZUi59QHECIUr2IdldcteEsfdbXGUYl1w_vsTtYY2uZnOc9FKUUP43fuc9Jh9nUt4sqiEUSpATGjtniB2eU5Rli5zf0EoV7zhaky3J3i59AtfSgmSxVOirdlJBsXJgOkfH19Qe8mWLlrKAOM-gecjz-b83ZPiFTbxq/w454-h256/Montestuieu7.png" width="454" /></a></div><br /><span style="font-family: verdana; font-size: 14pt;">Estava agendado, visitar La
Brède, Aquitânia, França, perto de Bordeaux, o Castelo de Montesquieu,
o sábio. Queria conversar sobre nuances e contornos dos Poderes.</span><p></p><p>
</p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: verdana;">Era
perfeito, exatamente o que a História conta sobre a vida de um poderoso barão
do século XVIII. Um ‘chateau’ dentro de um lago, no meio de extensos jardins. Esperei
a próxima sessão, tramando fugir da multidão. Falhei, rápido, um bando loquaz se
perfilou atrás de mim.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: verdana;">Entrei no
castelo, um cenário ‘oscarizado’ de filmes de época. Pior, percebi que era a
matriz dos modelos. Andei devagar, valeu a pena, o batalhão era apressado e
afoito. Enfim encontrei o homem que inventou a Política moderna. Estava sozinho
e sorria. Turistas são loucos e engraçados.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: verdana;">–<i style="mso-bidi-font-style: normal;"> Parabéns Barão pela invenção dos Três Poderes:
Executivo, Legislativo e Judiciário</i>.<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: verdana;">Respondeu desesperançado.</span></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: verdana;">–<i style="mso-bidi-font-style: normal;"> A ideia parecia boa, mas o dinheiro corrompe tudo. Sobretudo o poder.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></i></span></span></p><br /><p></p>Douglas Bockhttp://www.blogger.com/profile/13923760297539771867noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-774281063625020067.post-40307467489828652072023-12-08T14:51:00.007-03:002023-12-08T17:23:14.685-03:002023set08 – Castelo de Kronborg – Helsingor / Dinamarca<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsdHm6mKxzN8D_z7uLPK6FALqWMMhxWS38u1a5p-YN6fHIJkDdAvUV-SBMsCmhlhGkshJI1GLq3pR3WDU2nNNBOsJ7w0IGgrT9FZIGtX7CpvP7ixuY9YCk2ss-kkCbSNXtjHmvEAuo1cG4GuAT_5TB15vcyO4jcy8DZbWgf2nWpe3KTknBIucd7OX9b-Tr/s1920/MHamlet-01.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1920" height="268" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsdHm6mKxzN8D_z7uLPK6FALqWMMhxWS38u1a5p-YN6fHIJkDdAvUV-SBMsCmhlhGkshJI1GLq3pR3WDU2nNNBOsJ7w0IGgrT9FZIGtX7CpvP7ixuY9YCk2ss-kkCbSNXtjHmvEAuo1cG4GuAT_5TB15vcyO4jcy8DZbWgf2nWpe3KTknBIucd7OX9b-Tr/w477-h268/MHamlet-01.jpg" width="477" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><p></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana; font-size: 18.6667px; line-height: 115%;">Fui até Helsingor | Elsinore, para visitar o castelo de Kromborg, onde Hamlet persistiu em navegar entre a insanidade e o bom senso. Entre a vida e o teatro.</span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana; font-size: 14pt; line-height: 115%;">É o ponto
mais oeste da Zelândia – quase toca a Suécia [4 <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>kms]. Lugar perfeito para construir uma ponte
entre Ingmar Bergman e William Shakespeare.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana; font-size: 14pt; line-height: 115%;">Procurei o herói
ambíguo por todas as muralhas, ameias, torres, passadiças e casas de armas, sem
encontrar. Estava um dia de sol, porém miasmas confrontavam o céu azul e assediam
as torres. </span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana; font-size: 14pt; line-height: 115%;">Mesmo assim não encontrei. O príncipe prefere cenários ambíguos, penumbra,
meios tons e encenações.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Decidi procurar
nos subterrâneos, escuros, silentes, entrelaçados e intrincados. Só encontrei Ogier
| </span><span face=""Segoe UI Historic","sans-serif"" style="background: rgb(240, 242, 245); color: #050505; font-size: 14pt; line-height: 115%;">Holger </span><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">– <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>que ensimesmado cochilava.
Dizem que vigia, só vai acordar quando a Dinamarca estiver em perigo.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: verdana;">Resolvi aguardar
junto.</span><o:p></o:p></span></p>Douglas Bockhttp://www.blogger.com/profile/13923760297539771867noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-774281063625020067.post-79519968165774647092023-11-24T18:44:00.028-03:002023-12-08T15:49:54.059-03:002023/09/15 – Abadia de Fontevraud – Anjou / França<p> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEim2vRjUjjXIdww5O2ftKuI2vGvsvKglbBKMeVi8FcjNJTpM6BNZm7dwsLdCtUiZuWc_Z5LF_P6iMbGAd4n1gyPlCfCgnyFNGLn_b3OXlUb-ycFWERZUui2PPkYOBD8SuIImn0zGWERnTPuTnfJxI4Z8pJp6LxWLG_ORauzO0okfioA0fkUZ3P84eDMiJC6/s3806/RCL02b.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="2712" data-original-width="3806" height="293" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEim2vRjUjjXIdww5O2ftKuI2vGvsvKglbBKMeVi8FcjNJTpM6BNZm7dwsLdCtUiZuWc_Z5LF_P6iMbGAd4n1gyPlCfCgnyFNGLn_b3OXlUb-ycFWERZUui2PPkYOBD8SuIImn0zGWERnTPuTnfJxI4Z8pJp6LxWLG_ORauzO0okfioA0fkUZ3P84eDMiJC6/w411-h293/RCL02b.jpg" width="411" /></a></p><p class="MsoNormal"><span style="white-space-collapse: preserve;">Fui até a Abadia de Fontevraud, em Anjou, visitar o túmulo de Ricardo Coração de Leão. O lendário Ricardo I, Rei da Inglaterra que passou muito pouco tempo na velha ilha. Era um príncipe de muitos reinos – herdados, conquistados e poucos reinados. Gostava de campos de batalhas, não de cortes e gabinetes.</span><br /><br /><span style="white-space-collapse: preserve;">Está mais presente no imaginário, mitos e lendas do que nos livros de História. Uma figura mítica, múltipla, multiplicada, omnipresente na Cultura Ocidental.</span><br /><br /><span style="white-space-collapse: preserve;">Esperei que a última pessoa saísse antes de começar a conversa.</span><br /><br /><span style="white-space-collapse: preserve;"><i>- Rei Ricardo não é insensato morrer por causa de uma flecha vadia?</i></span><br /><br /><span style="white-space-collapse: preserve;">Demorou para responder, é difícil entender frações da eternidade.</span><br /><br /><span style="white-space-collapse: preserve;"><i>- É, muito. Mas este é o sentido e o tesão da batalha. Até fui cumprimentar o arqueiro antes de morrer.</i></span></p>Douglas Bockhttp://www.blogger.com/profile/13923760297539771867noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-774281063625020067.post-30026059881456512892023-10-09T16:42:00.005-03:002023-12-08T15:50:10.552-03:002023/setembro/13 – Amboise / França<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh68j9XiMuqcxZDQCetyQfLkJI8g2nkmEkonHQLuQKIcF99i9dQ3EdvxkqPEJVfNMQvWPWHJ20l9IgOpuyUgjd6Ik89vhVM6Zmjk2vtjLriy6YfO9UnWRq-zTaKuFnubIgkm_5xKNA70qHAbq2CnKP_j2KIFX3VOqTl5-QT_PX3ib8ZHyu8F1MmsmLtPTlP/s3604/LeonardoDaVince7.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3604" data-original-width="3000" height="414" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh68j9XiMuqcxZDQCetyQfLkJI8g2nkmEkonHQLuQKIcF99i9dQ3EdvxkqPEJVfNMQvWPWHJ20l9IgOpuyUgjd6Ik89vhVM6Zmjk2vtjLriy6YfO9UnWRq-zTaKuFnubIgkm_5xKNA70qHAbq2CnKP_j2KIFX3VOqTl5-QT_PX3ib8ZHyu8F1MmsmLtPTlP/w344-h414/LeonardoDaVince7.png" width="344" /></a></div><p></p><p><span style="font-family: verdana; font-size: 14pt; text-align: justify;">Fui
até o Castelo </span><span style="background: white; font-family: verdana; font-size: 14pt; text-align: justify;">Clos Lucé</span><span style="font-family: verdana; font-size: 14pt; text-align: justify;"> encontrar
Leonardo. Sabia que devia espera-lo perto do <i>‘</i></span><em style="font-family: verdana; font-size: 14pt; text-align: justify;"><span style="background: white;">Homem Vitruviano</span></em><span style="font-family: verdana; font-size: 14pt; text-align: justify;"><i>’</i>. Vaidoso acredita ser
esta a melhor versão de sua imagem.</span></p><p>
</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: verdana;">Quando
chegou o bronze lucilou e vibrou na clave de sol. Ele começou a conversa.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: verdana;"><i>-
Passeio pouco, mas como você gosta de ler e especular sobre minha vida, concedi
recebe-lo.</i><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: verdana;">Inclinei
a cabeça e fiz a pergunta que me inquietava.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: verdana;"><i>-
Mestre manteve sempre consigo a Mona Lisa? Porque? Nunca acabou de pinta-la?</i><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: verdana;">Uma
brisa vergou as árvores, estranhamente em dois movimentos: inspirar, expirar.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: verdana;"><i>-
Por causa do ‘sfumato’ da minha memória. </i><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: verdana;">Inspirar,
expirar.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: verdana;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">-
Cada vez que olhava o quadro percebia que ainda não havia decifrado </span></span><span style="font-family: verdana; font-size: 14pt;">todos os
mistérios da Senhora Lisa Gherardini.</span></i></p><br /><p></p>Douglas Bockhttp://www.blogger.com/profile/13923760297539771867noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-774281063625020067.post-67069732962277547682023-10-03T14:37:00.009-03:002023-10-05T11:00:13.077-03:002023/setembro/03 – Lisboa / Portugal<p> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnuqSibOERn5IhyI6nkzeP5w1gTQjwygAuJ-vvJO2oJCAvNoI8wjW4FGX7TBv58udQy6U06vRT0uoC91Sz66C3fVlQcTzhlVdDNflm4UqIyQZmj5Q4WB5PmccRDxVUl2YaaOSZ1VpSUbZyM9Z2C5lkOznFsBlczW7KzOqTyiEcjFYluPZIEkEH-tQp4OUa/s3590/Adamastor77.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="3590" data-original-width="2234" height="376" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnuqSibOERn5IhyI6nkzeP5w1gTQjwygAuJ-vvJO2oJCAvNoI8wjW4FGX7TBv58udQy6U06vRT0uoC91Sz66C3fVlQcTzhlVdDNflm4UqIyQZmj5Q4WB5PmccRDxVUl2YaaOSZ1VpSUbZyM9Z2C5lkOznFsBlczW7KzOqTyiEcjFYluPZIEkEH-tQp4OUa/w234-h376/Adamastor77.jpg" width="234" /></a></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span face="Arial, "sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Em Lisboa fui visitar Adamastor, o titã irado e apaixonado, dizem que Fernando e Ricardo Reis gostam de contemplar o Tejo lá do alto.</span><span style="font-family: "Times New Roman", "serif"; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span face="Arial, "sans-serif"" style="font-size: 12pt;">A vista é viciante, viajamos nela. De repetente o poeta emanou do meu lado, </span><span style="font-size: 16px;">verde-fosforescente,</span><span style="font-size: 12pt;"> parecia volátil, apressado e
eterno.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span face="Arial, "sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Falava lentamente, lapidando as palavras com a língua.</span><span style="font-family: "Times New Roman", "serif"; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span face="Arial, "sans-serif"" style="font-size: 12pt;">- Cresci no Cabo, </span><span style="font-size: 16px;">me desassossegava mais </span><span style="font-size: 12pt;">o Adamastor de lá.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span face="Arial, "sans-serif"" style="font-size: 12pt;">- De dentro do espanto comentei.</span><span style="font-family: "Times New Roman", "serif"; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span face="Arial, "sans-serif"" style="font-size: 12pt;">- Poeta, soube que Ricardo Reis costuma perambular por aqui.</span><span style="font-family: "Times New Roman", "serif"; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span face="Arial, "sans-serif"" style="font-size: 12pt;">- Ricardo é um radical livre. Na morte eu e meus heterônimos deveríamos nos juntar, mas ele reluta. Avoado e irrequieto gosta de </span><span style="font-size: 12pt;">escapulir para o Brasil. É mais fácil encontra-lo perto da biblioteca de seu amigo (dele) Mário de
Andrade.</span></p>
<p><span face="Arial, "sans-serif"" style="font-size: 12pt;"> Silenciou e lentamente se dissolveu.</span><span style="font-family: helvetica;"> </span></p><span style="font-family: helvetica;"><o:p></o:p></span><p class="MsoNormal"><span style="font-family: helvetica;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">.</span> </span></p><p></p>Douglas Bockhttp://www.blogger.com/profile/13923760297539771867noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-774281063625020067.post-87966857737436619102023-07-10T15:03:00.005-03:002023-10-03T15:12:54.084-03:002023/maio/02 – Mosaicos – Basílica San Vitale / Ravena - Italia<p> </p><p><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEho7HvDjqJnXZnk1Kb2KzNweJxAaqCwpZ1BXkTo74gavzY_SRyy_XfHptntVAWn1KoreiNRa5sZile6xcW92yK0oxbjTsCCep85Mrjaq4C7FpgE2ydssY_Lb003Q0jKtt8tvPIRHO8UWlC37H5moHwq6YCFeGAVafyO_hzLuAvsgyL9cd93czuPHlarDlxM/s3026/Ravena.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="3026" data-original-width="2311" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEho7HvDjqJnXZnk1Kb2KzNweJxAaqCwpZ1BXkTo74gavzY_SRyy_XfHptntVAWn1KoreiNRa5sZile6xcW92yK0oxbjTsCCep85Mrjaq4C7FpgE2ydssY_Lb003Q0jKtt8tvPIRHO8UWlC37H5moHwq6YCFeGAVafyO_hzLuAvsgyL9cd93czuPHlarDlxM/s320/Ravena.png" width="244" /></a></p><p></p><p><span face="Arial, "sans-serif"" style="font-size: 14pt;">Algumas igrejas visitamos pelas pinturas, como a Capela
Sistina – Roma. Outras pelos vitrais, como a Sainte Chapelle – Paris. Porém, se
for pelos mosaicos, na Europa, é preciso conhecer a Basílica de San Vitale – Ravena,
do século VI, uma das mais impressionantes coleção do ocidente.</span></p><p>
</p><p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Os mosaicos de Constantinopla são mais profusos,
perfeitos, espantosos, imensos e variados. Porém a Igreja de Santa Sofia é
gigantesca, infinita, os desenhos de pedras chamam atenção, enfeitam, porém não
enchem ela inteira.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Passei uma tarde infinita sentado, mudando de bancos, para
apreciar melhor os desenhos, olhando para cima, trespassado. Parecia esta
dentro de um porta joia, tudo era perfeito, colorido e inimaginável.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Tentei me colocar no lugar de um homem do século seis,
embasbacado, defronte aquela profusão de cores. Porque os mosaicos, antes dos
vitrais e das tintas modernas eram o maior espetáculo multicolorido possível de
se admirar. A única comparação que me veio à cabeça foi o meu colossal espanto,
quando garoto, com o CinemaScope.<o:p></o:p></span></p><br /><p></p>Douglas Bockhttp://www.blogger.com/profile/13923760297539771867noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-774281063625020067.post-21991601379181570392023-06-23T16:00:00.010-03:002024-01-04T11:29:59.267-03:002023/maio/15 – Castel del Monte - Puglia / Itália <p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZKKxV4YUOcE4_AmKiDgqWA5Xo0aGZ_M_-FULKGkKwMXhZOkZu86-kBB_ap0zkID8rT52_KeGpSKcn8USBSK2lVR5L51Jhqhjd6NpFQiUi-Cb6oefznAIy8UponljTHaQBY9lHuu_61I0puOlFgKy2_FUQzqxFfl6rkLI9u95GHAfZnNrXqZcPFNK8lIyg/s2433/Catel4.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1452" data-original-width="2433" height="246" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZKKxV4YUOcE4_AmKiDgqWA5Xo0aGZ_M_-FULKGkKwMXhZOkZu86-kBB_ap0zkID8rT52_KeGpSKcn8USBSK2lVR5L51Jhqhjd6NpFQiUi-Cb6oefznAIy8UponljTHaQBY9lHuu_61I0puOlFgKy2_FUQzqxFfl6rkLI9u95GHAfZnNrXqZcPFNK8lIyg/w413-h246/Catel4.png" width="413" /></a></div><br /><span face="Arial, "sans-serif"" style="color: #050505; font-size: 16pt;">Vi fotos do ‘Castel del Monte’, muitas. Me
espantava sempre o arrojo e a modernidade da arquitetura, a desafiante beleza
da construção.</span><p></p><p>
</p><p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="color: #050505; font-size: 16pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Precoce, porque foi construído em 1280, uma excrescência frente aos
‘riscos’ e desenhos dos outras fortificações daquela época.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="color: #050505; font-size: 16pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p> </o:p></span><span face="Arial, "sans-serif"" style="background-color: transparent; font-size: 16pt;">Não existe nenhum castelo como ele. Na verdade não
deveria nem ser chamado de castelo. Não possui cozinha, nem estrebaria, nem
depósitos de alimentos. Seus sistemas de defesas são belos, mas ineficientes.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 16pt; line-height: 115%;">É uma joia, um jogo de xadrez octogonal, uma escultura,
um relógio de sol, um enigma, a replica em pedra de uma coroa, um desafio de
Geometria.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 16pt; line-height: 115%;">A concepção é atribuída a Frederico II da Suábia, por
acaso grande amigo de Leonardo Fibonacci, que brincava com sementes de infinitos, por isso incontáveis dúvidas persistem, multiplicando-se.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 16pt; line-height: 115%;">Infelizmente, n</span><span face=""Arial","sans-serif"" style="color: #050505; font-size: 16pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">o dia que consegui visita-lo, choveu
imensamente. Quem sabe tenha sido um aviso. Devo mantê-lo na memória assim onírico, nebulado,
envolto em brumas e neblinas.<o:p></o:p></span></p><br /><p></p>Douglas Bockhttp://www.blogger.com/profile/13923760297539771867noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-774281063625020067.post-48927566207482649592023-06-18T14:43:00.013-03:002023-06-23T16:10:06.022-03:002023/maio/28 – Reggio Calabria / Italia<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDbwVylXVFipxM-38zywnwy_ZVOEvuFVPxom3okO0iQ55MEAKjehZcGIAUMdHN91rR7gBRs1uCkqQjdRmgWsX7CptJPpdFHCFXRZ7YPXevYtdJt_HMCWLxQZ2WMw4nnLzxsopUlBs3bxd2jUacXn0ptXF8GckQ6WPB7TF4XpY9N3FFqznqMol5yNR3-g/s5300/Tela20230618.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3889" data-original-width="5300" height="288" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDbwVylXVFipxM-38zywnwy_ZVOEvuFVPxom3okO0iQ55MEAKjehZcGIAUMdHN91rR7gBRs1uCkqQjdRmgWsX7CptJPpdFHCFXRZ7YPXevYtdJt_HMCWLxQZ2WMw4nnLzxsopUlBs3bxd2jUacXn0ptXF8GckQ6WPB7TF4XpY9N3FFqznqMol5yNR3-g/w392-h288/Tela20230618.jpg" width="392" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 16pt; line-height: 115%;">Para conhecer os fantásticos e incomparáveis <i><b>‘Bronzi di
Riaci’ </b></i></span><span style="font-family: arial;">– </span><span face="Arial, "sans-serif"" style="font-size: 16pt;">do século VII a.C. - é preciso atravessar incontáveis camadas de Tempo e viajar para a unha do dedão da Itália: Reggio Calabria, cidade resiliente, tatuada
por terremotos.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 16pt; line-height: 115%;">No mundo inteiro existem cinco estátuas helênicas de
bronze completas, duas delas (as melhores, já visitei as outras três) resistem no
Museu Nacional da Magna Grécia.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 16pt; line-height: 115%;">Porque são tão raros os bronzes clássicos? Porque existem
tão poucos?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 16pt; line-height: 115%;">Por causa do material. São de bronze. Nas guerras antigas os primeiros escolhidos para virarem armas. Estas duas obras de arte salvaram-se porque permaneceram </span><span style="font-family: arial;">– a</span><span style="font-size: 21.3333px;">té </span><i style="font-size: 21.3333px;">ontem</i><span style="font-size: 21.3333px;">, 16 de agosto de 1972 - </span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 16pt; line-height: 115%;">quietas
e submersas, a 6/8 metros, </span><span style="font-size: 21.3333px;">numa praia do Mar Jônico, sul da Itália. </span><span style="font-size: 16pt;">Naufrágio, descarte de peso? Anda não sabemos a verdade inteira. </span></p><p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 16pt; line-height: 115%;">Foram descobertas por um mergulhador amador
guiado pelo acaso.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 16pt; line-height: 115%;">O mais importante, porém, vai além desse enredo de
Indiana Jones, está nas próprias obras.<o:p></o:p></span></p>
<p><span face="Arial, "sans-serif"" style="font-size: 16pt;">Fiquei longo tempo apreciando essas duas excrescências maravilhosas,
são impressionantes. Não sei se a qualidade artística delas foi ou será algum dia
alcançada novamente? Acho que não. Cada nervo, torção, gesto, zona corporal é
perfeita. E, pode-se descartar o acaso, as tramas da sorte nos deram duas, uma confirma a outra.</span></p><p><br /></p>Douglas Bockhttp://www.blogger.com/profile/13923760297539771867noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-774281063625020067.post-59843156074227107252023-06-12T17:05:00.013-03:002023-06-23T16:10:24.675-03:002023/mai/18 – Ceglie Messapica – Puglia/Italia<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOnP-RvvLcZzDzOG8BxHo7s284wFQIFZcN7852Pkbe2T5LIMik_GHEZXTz31D08zU8vjnXUW4_hDl8mKcUVPeTM-vWWUFuPt_jwGkZ20uqjhviutz3b61yTmSy7jdfgqP318F0KNHvJ8ewwoE1KKIreQbf3UatO0vq3v_ys7jj2f_2MBFHlzE774OemQ/s1880/Messapica.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1880" data-original-width="1406" height="446" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOnP-RvvLcZzDzOG8BxHo7s284wFQIFZcN7852Pkbe2T5LIMik_GHEZXTz31D08zU8vjnXUW4_hDl8mKcUVPeTM-vWWUFuPt_jwGkZ20uqjhviutz3b61yTmSy7jdfgqP318F0KNHvJ8ewwoE1KKIreQbf3UatO0vq3v_ys7jj2f_2MBFHlzE774OemQ/w333-h446/Messapica.png" width="333" /></a></div><span style="font-family: arial;"><p>Passei trinta
dias (maio/23 inteiro) de carro, visitando o litoral da Itália. De Veneza a
Sorrento/Capri. Barriga da perna, tornozelo, calcanhar e pé da bota. Com o desmesurado
privilegio de poder degustar a variada e viciante cozinha da península.</p><p>Isso
não é pouco, nem fácil. Agora cada vez que pedir um prato italiano, preciso considerar
que tenho registrado na cabeça um paradigma, talvez imbatível.</p></span><p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: arial;">Porém – o
inesquecível – foi uma ‘lasanha a carbonara’ que os deuses me serviram em
Ceglie Messapica, cidade de menos de 20 mil habitante, entre Monopoli e
Brindisi. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: arial;">Devo esse
favor – aproveito para agradecer – à Poste Italiane. Estávamos perdidos vagando
pelas ruas desertas de Ceglie Messapica, sob o sol do meio dia, quando um
carteiro que nos observava resolveu intervir.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: arial;">- ‘<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Posso aiutarli?</i>’<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: arial;">Respondemos
num brasiliano do Brás.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: arial;"><span style="line-height: 115%;">- ‘Estamos
procuramos um <i style="mso-bidi-font-style: normal;">buono</i> restaurante’ </span><span style="color: #202124;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: arial;">- ‘<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Ti dirò cosa mi piace di più.</i>’ E nos
ensinou a chegar lá.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: arial;">Erámos os
únicos clientes, avisado, o dono esperava de mesa posta.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: arial;">Italiano? Na dúvida sempre peço lasanha. Era simples, sem molho, sem nada, as camadas da
divina massa italiana eram intercaladas por recheios de queijos e temperos e
sobravam tostadas de todos os lados.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: arial;">Comi
devagar, economizei e não reparti com ninguém.</span><span style="font-size: 14pt;"><o:p></o:p></span></span></p>Douglas Bockhttp://www.blogger.com/profile/13923760297539771867noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-774281063625020067.post-75371520144383667562023-02-16T14:11:00.009-03:002023-06-13T11:03:35.601-03:002020/nov/25 – Agora S.Paulo é mais verde?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGSeVYh2TBpO2R3cmGc25Al9U3DtCwQVtYgMhyEhq60hC5dZe_u2TftD6pOOC8zTBGRjl_8dZ6LSJynE3M2M-wA-vcGo3xgrlm42EuH_VZorn5ylj2lS_QOCQpjGACDjqPK2Pn6mmuxW-sNDiqIzMxcHWckA0_Wu_C93YJM4nwFXRyB3pbf0Ne4qZ4FA/s1212/20230216-GIMP-WHK3.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1212" data-original-width="930" height="376" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGSeVYh2TBpO2R3cmGc25Al9U3DtCwQVtYgMhyEhq60hC5dZe_u2TftD6pOOC8zTBGRjl_8dZ6LSJynE3M2M-wA-vcGo3xgrlm42EuH_VZorn5ylj2lS_QOCQpjGACDjqPK2Pn6mmuxW-sNDiqIzMxcHWckA0_Wu_C93YJM4nwFXRyB3pbf0Ne4qZ4FA/w289-h376/20230216-GIMP-WHK3.png" width="289" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal"><span style="color: black; font-size: 13.5pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: trebuchet;">São duas fotos irmãs, porém com idades diferentes. 45 anos as separam.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="color: black; font-size: 13.5pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: trebuchet;">A primeira<i> </i>é um fotograma do filme
‘DESEJO’, de Walter Hugo Khuori, lançado em 1975.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="color: black; font-size: 13.5pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: trebuchet;">A segunda, <i>‘florestal’,</i> tirada </span></span><span style="font-family: trebuchet; font-size: 18px;">em novembro de 2020, </span><span style="font-family: trebuchet; font-size: 13.5pt;">do mesmo apartamento
onde o filme ‘DESEJO’ foi filmado, obedecendo absolutante os mesmos enquadramentos.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="color: black; font-size: 13.5pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: trebuchet;">As arvores cresceram vigorosamente, porém perderam o jogo. Porque, febricitantes,<br />irromperam infinitos edifícios na região que árvores e verde tornam-se cada vez mais e
mais estranhos e desproporcionados na exótica paisagem diatópica.</span></span><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal"><span style="color: black; font-size: 13.5pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: trebuchet;"><br /></span></span></p><p class="MsoNormal"><span style="color: black; font-size: 13.5pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: trebuchet;"><br /></span></span></p><br /><p></p>Douglas Bockhttp://www.blogger.com/profile/13923760297539771867noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-774281063625020067.post-29361108639137068542022-12-08T13:41:00.005-03:002023-06-20T14:10:51.052-03:00'7 series de 7' – Livro Aplicativo<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgm6x7x90wDsDP3-vgId1BZ7RAdMqKhOWfqtiB7vlac8EeqMSC6XcYLXjk5256EOXlRh9inuyFT4a3YfmxTD9XnCqC5OVZNw_jyBwY-pAAG_f3WijjpLKN-mxQlRWKOy8u5-UDWaFbcacyCbmXOxJFoWB_QRlDMmPsTSfNmLpJ3eLWmNiyNGMP8xavbHw/s800/7series7.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="190" data-original-width="800" height="100" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgm6x7x90wDsDP3-vgId1BZ7RAdMqKhOWfqtiB7vlac8EeqMSC6XcYLXjk5256EOXlRh9inuyFT4a3YfmxTD9XnCqC5OVZNw_jyBwY-pAAG_f3WijjpLKN-mxQlRWKOy8u5-UDWaFbcacyCbmXOxJFoWB_QRlDMmPsTSfNmLpJ3eLWmNiyNGMP8xavbHw/w421-h100/7series7.png" width="421" /></a></div><p></p><div><p class="MsoNormal">Meus dois últimos Livros de Poesia foram publicados como aplicativos
na Internet.</p><p class="MsoNormal">E possível lê-los, em qualquer lugar, a partir de endereços eletrônicos. Estou
lançando o terceiro livro ‘7 series de 7’ – 49 poemas 7 poemas - 7 temas. </p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">É pratico, fica permanentemente disponível na rede mundial, acessível
a qualquer leitor interessado, no mundo inteiro. Em termos de edição é ótimo, pode-se usar cores, efeitos gráficos e fazer correções e revisões, sempre que quiser ou
for necessário.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Os livro ‘64 Dilemas’ (http://paulistando.com.br/64Dilemas) e ‘56 Lances de Dados' (http://paulistando.com.br/56LancesDeDados) já estão
disponíveis na rede faz mais de 2 anos.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O terceiro livro ‘7 Series de 7’ é uma compilação de poemas vinha
publicando avulsos na na rede. Agora esta disponível como um ‘Aplicalivro’.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Quem quiser lê-lo, e conhecer esta experiência, e só buscas
‘paulistando.com.br/7series7’ nos mecanismos de pesquisa na Internet, feito o Google por exemplo.<o:p></o:p></p></div><div><br /></div>Douglas Bockhttp://www.blogger.com/profile/13923760297539771867noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-774281063625020067.post-48300089835791085722022-11-17T11:25:00.008-03:002024-01-08T14:26:09.812-03:00Poe-Re-imaginado<p></p><p class="mm8nw" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhW4262HZo_CT2kkMy7JjArPaUfBnSxKc6v5m0QysqEa-5eHeDAxh3gXr7QKgMBH6955wlmHELd8GS-GyRRI2rHQ3XFeSw3dxDBuKKAADs7xnAKgCMwe7-wieP_zjd_QC-a06ZD6uFVOJD9bWae-zuhjIUlpjP1Xx-Zc9I15Gp3wDUu74Sz3ra-MqvL1w/s656/Chamada-Poe-reimaginado.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="656" data-original-width="654" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhW4262HZo_CT2kkMy7JjArPaUfBnSxKc6v5m0QysqEa-5eHeDAxh3gXr7QKgMBH6955wlmHELd8GS-GyRRI2rHQ3XFeSw3dxDBuKKAADs7xnAKgCMwe7-wieP_zjd_QC-a06ZD6uFVOJD9bWae-zuhjIUlpjP1Xx-Zc9I15Gp3wDUu74Sz3ra-MqvL1w/s320/Chamada-Poe-reimaginado.png" width="319" /></a></div><span class="2phjq"><span face=""Tahoma","sans-serif"" style="border: 1pt none windowtext; color: #181818; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">Conte, reconte seu conto...<o:p></o:p></span></span><p></p>
<p class="mm8nw" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;"><span class="2phjq"><span face=""Tahoma","sans-serif"" style="border: 1pt none windowtext; color: #181818; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;"><o:p> </o:p></span></span><span style="color: #181818;">Estou participando de um projeto muito interessante, serei ‘co-organizador’
de uma antologia chamada ‘POE –RE-IMAGINADO’ que selecionará releituras de contos
de Edgar Allan Poe. A regra e que todos os escolhidos – de diversas formas - devem ser, necessariamente, revisitações das histórias de EAP.</span></p>
<p class="mm8nw" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;"><span class="2phjq"><span face=""Tahoma","sans-serif"" style="border: 1pt none windowtext; color: #181818; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;"><o:p> </o:p></span></span></p>
<p class="mm8nw" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;"><span class="2phjq"><span face=""Tahoma","sans-serif"" style="border: 1pt none windowtext; color: #181818; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">E Poe é imenso, inesgotável. Além de redirecionar o Terror/Horror Moderno,
e influenciar toda a Literatura Popular do mundo, criou as Histórias de Detetives
e Mistério que é um gênero até hoje eletrificado.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="mm8nw" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;"><span class="2phjq"><span face=""Tahoma","sans-serif"" style="border: 1pt none windowtext; color: #181818; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;"><o:p> </o:p></span></span></p>
<p class="mm8nw" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;"><span face="Tahoma, "sans-serif"" style="color: #181818;">Veja edital abaixo:</span></p>
<p class="mm8nw" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;"><span class="2phjq"><span face=""Tahoma","sans-serif"" style="border: 1pt none windowtext; color: #181818; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;"><o:p> </o:p></span></span></p>
<p class="mm8nw" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;"><span class="2phjq"><span face=""Tahoma","sans-serif"" style="border: 1pt none windowtext; color: #181818; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">Em 2020, a Diário Macabro lançou um de seus maiores sucessos: a
antologia Lovecraft: Re-imaginado, que reúne contos diretamente inspirados na
obra do autor norte-americano. A premissa do livro era clara: os contos
deveriam ser releituras, continuações ou versões alternativas de cada um dos
contos originais. O resultado foi um sucesso e logo veio a ideia: por que não
estender a ideia para outros autores? E foi assim que surgiu Poe: Re-imaginado,
a próxima antologia temática da DM!</span></span><span face=""Tahoma","sans-serif"" style="color: #181818;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="mm8nw" id="viewer-r6sb" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-stroke-width: 0px; background: white; box-sizing: inherit; font-stretch: inherit; font-variant-caps: normal; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: inherit; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; min-height: var(--ricos-custom-p-min-height,unset); orphans: 2; outline: 0px; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-thickness: initial; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; widows: 2; word-spacing: 0px;"><span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); box-sizing: inherit; outline: 0px;"><span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: var(--ricos-custom-p-background-color,unset); background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; box-sizing: inherit; outline: 0px;"><span class="2phjq"><span face=""Tahoma","sans-serif"" style="border: 1pt none windowtext; color: #181818; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">A organização ficará por conta de Douglas Bock, escritor com diversos contos e
livros publicados pela DM (e quem deu a ideia do livro!), e Oscar Nestarez,
escritor, doutor em Letras e especialista em Edgar Allan Poe. Ou seja, um time
de peso!</span></span></span></span><span face=""Tahoma","sans-serif"" style="color: #181818;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="mm8nw" id="viewer-9tb0p" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-stroke-width: 0px; background: white; box-sizing: inherit; font-stretch: inherit; font-variant-caps: normal; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: inherit; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; min-height: var(--ricos-custom-p-min-height,unset); orphans: 2; outline: 0px; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-thickness: initial; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; widows: 2; word-spacing: 0px;"><span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); box-sizing: inherit; outline: 0px;"><span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: var(--ricos-custom-p-background-color,unset); background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; box-sizing: inherit; outline: 0px;"><span class="2phjq"><span face=""Tahoma","sans-serif"" style="border: 1pt none windowtext; color: #181818; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;"><br /></span></span></span></span></p><p class="mm8nw" id="viewer-9tb0p" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-stroke-width: 0px; background: white; box-sizing: inherit; font-stretch: inherit; font-variant-caps: normal; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: inherit; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; min-height: var(--ricos-custom-p-min-height,unset); orphans: 2; outline: 0px; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-thickness: initial; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; widows: 2; word-spacing: 0px;"><span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); box-sizing: inherit; outline: 0px;"><span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: var(--ricos-custom-p-background-color,unset); background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; box-sizing: inherit; outline: 0px;"><span class="2phjq"><span face=""Tahoma","sans-serif"" style="border: 1pt none windowtext; color: #181818; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">Confira todas as regras para participar da seleção. É imprescindível que
sejam seguidas à risca.</span><o:p></o:p></span></span></span></p>
<p class="mm8nw" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;"><span class="2phjq"><span face=""Tahoma","sans-serif"" style="border: 1pt none windowtext; color: #181818; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;"><o:p> </o:p></span></span></p>
<p class="mm8nw" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;"><span face=""Tahoma","sans-serif"" style="color: #181818;">https://www.diariomacabro.com.br/post/edital-poe-re-imaginado<o:p></o:p></span></p><br /><p></p>Douglas Bockhttp://www.blogger.com/profile/13923760297539771867noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-774281063625020067.post-64452847972639571122022-09-02T08:53:00.006-03:002022-10-05T13:16:29.948-03:002022/set/01 - Florestas Villa-lobos<p> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlANYwslQ7d1yUgemz438skwQ9YLstFQGSnw_hJYQEt5B9aOHsfRde770APir0dbTVoVIEZNZEYqz_z9gXqMUdgdiNMtKw4LF03TEnDfoGd_q6ugDxiM4yP9MQmaMolIdcPYsZ5zmoUXBjkEZRkoV1lTVlONfKzslas36HE2iJb2PIiMkcZHwsSXPNkw/s1652/FlorestasVilla.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1652" data-original-width="1156" height="363" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlANYwslQ7d1yUgemz438skwQ9YLstFQGSnw_hJYQEt5B9aOHsfRde770APir0dbTVoVIEZNZEYqz_z9gXqMUdgdiNMtKw4LF03TEnDfoGd_q6ugDxiM4yP9MQmaMolIdcPYsZ5zmoUXBjkEZRkoV1lTVlONfKzslas36HE2iJb2PIiMkcZHwsSXPNkw/w254-h363/FlorestasVilla.jpg" width="254" /></a></p><span style="font-family: arial;">Sou frequentador da Sala São Paulo desde sua inauguração,
assinante da Osesp faz muito tempo, e o que vi ontem (1/9/22) foi uma das
melhores coisas que já assisti naquele auditório.</span><p></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: arial;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: arial;">Teve uma oitava de Mahler, com o empoderamento de um coro
espanhol, uma apresentação de Juliane Banse, algumas sinfonias de Shosta que me
levaram aos céus.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: arial;">Mas ontem, a ‘Floresta de Villa-Lobos’ entrou na lista dos melhores
espetáculos. Eram uma combinação de grandes temas brasileiros executados
diante de uma projeções de maravilhas e estranhezas das selvas amazônicas. Sublime,
espetacular, estimulante...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: arial;">Gostei, sobretudo, da tessitura das melodias usadas na série, escolhas
de encaixes perfeitos.</span><o:p></o:p></p><br /><p></p>Douglas Bockhttp://www.blogger.com/profile/13923760297539771867noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-774281063625020067.post-7277172070401738992022-08-18T12:50:00.011-03:002023-02-18T09:50:33.640-03:002022/ago/14 - Cobra Trocando de Pele<p><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvVhBMixed3nkLNOt0ILfib6j4tEFbS82siCkOPusnjspOK2fN_-q8Pc7Zhpoy6rN9p0YOQbiTHJRP-DdOyt6PWwb6TbbSJuswCv20724Kgj2Dsg5UCeCXp3zOIYLPeu5InfSNGg_AG0mSD3q-Deo4BS-shnoR3ibfP4F8o3GuFr_A-Y7I6HffvpQZXw/s1440/LimpezaCDs.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1440" data-original-width="1080" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvVhBMixed3nkLNOt0ILfib6j4tEFbS82siCkOPusnjspOK2fN_-q8Pc7Zhpoy6rN9p0YOQbiTHJRP-DdOyt6PWwb6TbbSJuswCv20724Kgj2Dsg5UCeCXp3zOIYLPeu5InfSNGg_AG0mSD3q-Deo4BS-shnoR3ibfP4F8o3GuFr_A-Y7I6HffvpQZXw/s320/LimpezaCDs.jpg" width="240" /></a></p><p><span style="font-family: arial;">1.200 CDs - sete caixas grandes - o tempo passou e o mundo mudou. Doados para uma
Loja de CDs e DVDs.</span></p><p></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: arial;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: arial;">Dizem que as cobras e serpentes, em algumas estações da vida,
ficam incomodadas, agoniadas, não cabem mais dentro da pele. Detestam o antigo desenho
do rajado, já desbotado, não suportam mais a cor branca da barriga, ficam inquietas,
querem mudar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: arial;">Era assim que me sentia diante daquelas 5 prateleiras, mais
um anexo, entulhadas de CDs, TODOS DEVIDAMENTE COPIADOS PARA ARQUIVOS, fáceis
de achar para ouvir, na ponta dos dedos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: arial;"><span>T</span><span style="background-color: white; color: #050505; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">chau e muito obrigado pelas muitas tardes, noites e manhãs que me alegraram e embalaram minhas divagações, mas é hora do adeus.</span></span></p><p></p>Douglas Bockhttp://www.blogger.com/profile/13923760297539771867noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-774281063625020067.post-72549543137785243922022-08-11T12:08:00.007-03:002022-08-11T14:17:48.554-03:00 Mioko – a Mosaicista<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhK-wLMzXmTPq5HPruud3NkyLIFucN5WH0riwo04gm7uczApqMbu3eWt-wJUUYrfZTRkx7Vg2SCMZkAof9HuKhXuoi5LDcN22pn7Kk7uSdxoFbBCFo6K5iy2KpHsuIX2dumX1LTj6u6aNCOcBKC1TrvOGXxT6RDNYDPaIg0LUW3pUa4W2pca3n7KGhUFA/s1920/Mosaicos.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1489" data-original-width="1920" height="359" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhK-wLMzXmTPq5HPruud3NkyLIFucN5WH0riwo04gm7uczApqMbu3eWt-wJUUYrfZTRkx7Vg2SCMZkAof9HuKhXuoi5LDcN22pn7Kk7uSdxoFbBCFo6K5iy2KpHsuIX2dumX1LTj6u6aNCOcBKC1TrvOGXxT6RDNYDPaIg0LUW3pUa4W2pca3n7KGhUFA/w463-h359/Mosaicos.JPG" width="463" /></a></div> <div><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: arial;">Minha amiga Mioko [MIK] é uma artista discreta, quase secreta,
porém permanentemente inquieta. Entre suas peculiaridades, a mais intrigante, é
a arte que elegeu para se expressar: Mosaico. Segundo o grego antigo ‘trabalho
das Musas’.</span></span><p class="MsoNormal"><span style="font-family: arial; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Uma ocupação que exige paciência e pertinácia. Revelar o
mundo justapondo miúdos pedaços, refazer a realidade rejuntando cacos. Velhíssima
e poderosa linguagem, tarefa que acompanhou a humanidade na sua longa caminhada,
desde o início da História, vem da Mesopotâmia, berço da civilização ocidental.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: arial; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Uma arte de grandes discursos mas de gramática simples, regra
binária: formato e cor. Basta isso, mais o incomensurável desejo de recriar o
mundo, contar uma história que mora dentro da alma. E na alma tudo cabe.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: arial; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Mioko depois que se aposentou decidiu revisar e reinventar sua
vida, tinha imensa disposição, desejo de sobra e um sonho extravagante. Sem prática
nem experiência, seu motor era impulso e ímpeto. Obedecia a agulha de uma
bússola transcendental: queria contar sua epopeia pessoal em mosaicos.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: arial; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Um dos pedreiros de suas várias reformas tinha contatos
numa fábrica de cerâmica e azulejos, intermediou com o dono a retirada de um
pouco dos rejeitos e cacos. Mioko contratou um caminhão-caçamba e ergueu uma montanha de sobras no seu quintal.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: arial; font-size: 12pt; line-height: 107%;">O sonho impossível tinha acontecido, só que ainda estava meio misturado.
Daí para frente só precisava de tempo, disposição e paciência. Mas isso tinha
estocado a vida toda.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: arial; font-size: 12pt; line-height: 107%;">A artista distendeu as translucidas asas da fantasia e
começou a longa jornada. Separou cores, cortou e recortou cada uma das
‘tesselas’, ajustou vários milhares de fragmentos quebrados e, com cor, amor, forma
e carinho, registrou a transfigurada saga de sua família, magicada e iluminada pela
imaginação.<o:p></o:p></span></p><p>
</p><p class="MsoNormal"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: arial;">Hoje, todos os muros de seu imenso quintal – pelo lado de dentro
- estão cobertos de painéis ilustrados. Quem for convidado e souber ler as
coloridas letras de Mioko vai poder viajar pelos extraordinários caminhos que sua
família percorreu.</span><o:p></o:p></span></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p></div>Douglas Bockhttp://www.blogger.com/profile/13923760297539771867noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-774281063625020067.post-89312342432241860672022-06-21T11:32:00.005-03:002022-07-23T12:00:18.978-03:002022/mai/01 – Baden Baden - Furtwängler<p><span style="font-family: arial;"> </span><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiP6Q7_-_lhbhsoYSVFmeJTurJoEND_igBVjJ_2_4oaq3-5S7vsgrFjKwb783qdn6dR0GJUBkbOUnP6PlersDBBtztzbHyt3rXFUCw-6O76Kc-etnRfLfa2KXUDHMQF__QDy-hBVDelcmewbSCH25dkCXziB51nT75-5CSFJs2OJBNxJPa1wu3_eCrUuA/s4000/20220501-Gimp-Furtwangler.jpg" style="font-family: arial; margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1800" data-original-width="4000" height="199" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiP6Q7_-_lhbhsoYSVFmeJTurJoEND_igBVjJ_2_4oaq3-5S7vsgrFjKwb783qdn6dR0GJUBkbOUnP6PlersDBBtztzbHyt3rXFUCw-6O76Kc-etnRfLfa2KXUDHMQF__QDy-hBVDelcmewbSCH25dkCXziB51nT75-5CSFJs2OJBNxJPa1wu3_eCrUuA/w443-h199/20220501-Gimp-Furtwangler.jpg" width="443" /></a></p><p><span style="font-family: arial;">Encontrei Wilhelm Furtwängler no meio de uma praça em Baden
Baden/Alemanha. Calvo, brônzeo, enfarruscado, atrás de várias camadas superpostas de
memórias, glórias passadas e, sobretudo, escavado pelo esquecimento.
Entristecido olhava para o Teatro de Ópera.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: arial;">Não me surpreendeu, ele morreu perto da cidade. Me aproximei para
conversar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: arial;">“– </span><span style="font-family: arial;">Maestro sua fama foi imensa, regeu todas as orquestras mais
importantes. Se firmou como uma das coordenadas da Arte da primeira metade do
século 20. Uma época decisiva, que até hoje baliza nossa História. Como foi ser
tão grande?”</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: arial;">Falava baixo, lentamente, um som rascante, parecia que as
ostras brônzeas das incertezas friccionavam<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>sua garganta. Me aproximei para ouvir melhor.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: arial;">“– </span><span style="font-family: arial;">Sou um homem de metal, mudo e silencioso. Deixo que a
História que é uma <i>‘donna’, ‘mobile qual piuma al vento / muta d'accento e di
pensiero’</i>, fale por mim.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: arial;">Fechou-se em ausência, continuei meu passeio, mas ainda ouvindo a música
que ressoava.<o:p></o:p></span></p><br /><p></p>Douglas Bockhttp://www.blogger.com/profile/13923760297539771867noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-774281063625020067.post-63362106393609221942022-06-17T17:19:00.011-03:002022-06-20T09:06:47.319-03:002022/abr/26 – Bruxelas – Museu Magritte<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNoKZulxS3zjWTxvocVIeSb-7OlnZ1OCoB7mvrCcShMC3XcNa3rChwBZ7aBYElVyyYSocAq8zYn4AnAyGi2ov8tgLzsHKmOhxTGNsyoe4OoIEg-N3ypJMtANc1b3J9zbatGzRxTLHS7ondEiAh5VJmI7bvgsuHL5tb8zo7f4uLnSFhW1OVDR5Q-0igDA/s2487/20220416-GIMP-MuseuMagritte.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2013" data-original-width="2487" height="292" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNoKZulxS3zjWTxvocVIeSb-7OlnZ1OCoB7mvrCcShMC3XcNa3rChwBZ7aBYElVyyYSocAq8zYn4AnAyGi2ov8tgLzsHKmOhxTGNsyoe4OoIEg-N3ypJMtANc1b3J9zbatGzRxTLHS7ondEiAh5VJmI7bvgsuHL5tb8zo7f4uLnSFhW1OVDR5Q-0igDA/w361-h292/20220416-GIMP-MuseuMagritte.jpg" width="361" /></a></div><br /><span style="font-family: arial;">Passei por Bruxelas especialmente para visitar o Museu Magritte, estava apreciando o ‘Retrato de Paul Nougé’ quando o autor se ionizou do meu lado. Verde-elétrico, cor das coisas impossíveis.</span><p></p><p><span style="font-family: arial;">Sorria e estalava os dedos. Fiz o comentário que vagava dentro de mim.</span></p><p><span style="font-family: arial;">“– Mestre Magritte gosto muito do seu Surrealismo porque dispensa o espetaculoso e o inverossímil, é feito de coisas comuns e cotidianas, contudo nos conduz – cada vez que olhamos – ao impensado. O homem com uma maçã no rosto sempre me fascina.”</span></p><p><span style="font-family: arial;">A resposta ecoou rápida como coisa repetida.</span></p><p><span style="font-family: arial;">“A imaginação e o humor são as únicas armas para atravessar a banalidade da Vida, esta interminável sucessão de dias iguais e sem graça.”</span></p><p><span style="font-family: arial;">Já estava saindo do museu quando recebi seu último pensamento.</span></p><p><span style="font-family: arial;">“- O homem de chapéu-coco com a maçã no rosto não é feliz, vive preso no paraíso.”</span></p>Douglas Bockhttp://www.blogger.com/profile/13923760297539771867noreply@blogger.com0