quarta-feira, 16 de outubro de 2024

| 2024jul17 – Alcinópolis – Mato Grosso do Sul |

 

Fui até Alcinópolis, no ‘Templo dos Pilares’, Mato Grosso do Sul, quase na divisa norte do estado. Precisava comtemplar as pinturas rupestres que nossos antepassados nos deixaram a 12.000 anos.  Quando o homo sapiens explorava os cantos da América.

Os desenhos são estranhos, belos, cifrados e misteriosos. Primeiros rabiscos da comunicação humana. Deixam a sensação de que, a qualquer momento, o véu vai subir e vamos entender todas aquelas mensagens rabiscadas nas pedras.

De repente, dentro daquele novelo atemporal que me envolvia, duas ideias me assaltaram.

A primeira conduzia às Cavernas de Platão, aos primeiros homens encerrados num desvão escuro, que só conheciam o mundo pelas sombras, imagens projetadas nas paredes de pedra.

A segunda, mais arrevesada, era uma interrogação. Tentava avaliar o tamanho do salto entre uma saraivada de flechas e a fórmula de Einstein, ‘e=mc2’, que, pretenciosa, tenta relacionar o Tempo – que inexorável nos arrasta – e toda a matéria do universo.

Será que os homens das cavernas já engendravam esta soberba?