Faz mais
de dez anos que venho escrevendo poemas sobre as perplexidades do homem diante
das complexidades das Ciências e das Artes Modernas.
O livro
se originou com os 8 epígonos, depois, em torno de cada uma deles – pelo mistério
da Gravidade – se condensaram os poemas-planetas, criados para orbitar,
contraditar e desafiar seus sóis.
Atravessar
o Século XX não foi tarefa fácil. Tudo mudou muito e rapidamente. Olhá-lo em
perspectiva revela uma pirotecnia em câmara acelerada. Deliciosa de ver,
difícil de entender. Ainda não tivemos tempo de compreender e organizar todas
as novidades oferecidas, nem avaliar os desafios propostos para o futuro.
A ‘Maquina do Mundo’ de Drummond, quando se manifesta, mostra somente relances da ‘ciência sublime e formidável, mas hermética’. Por
alguns momentos o enigma fica claro, acreditamos que tudo foi desvelado.
Contudo, quando a máquina desvanece, ficamos de novo perdidos nas crepusculares
estradas amarelas de Minas, maravilhados, porém, com as dúvidas-corvos
aumentadas.