A Era do Rádio – ‘Golden Age of Radio’ , 'Old-time Radio', ou ‘Radio Days’ (como no filme de Woody
Allen) – segundo os cronistas, aconteceu entre 1925 e 1950, e alcançou o auge nos
anos 30 e 40. No Brasil, começou e acabou um pouco mais tarde, porém teve desdobramentos,
consequências e significados, sociais, políticos e culturais, semelhantes.
No mundo da Audiofilia, no meio
dos 20 os números começaram a despencar, o comércio de ‘victrolas’ e discos
virou uma flamejante batalha de marketing, repleta de promoções e liquidações.
Estas ações agressivas retardaram o impacto das ondas do Rádio, mas a crise
estourou junto com a Grande Depressão. A mudança de comando e rumos foi assinalada por uma negociação emblemática: a aquisição, em outubro de 1929, da Victor Talking Machine Company
pela RCA-Radio Corporation of America.
Até o Wall Street Crash – através de diversos ‘selos’ e empresas associadas – a Victor era uma potência, líder mundial na produção de toca-discos e discos gravados. Mantinha sob contrato os mais famosos artistas
da época, principalmente da Música Clássica, o mais ‘audiófilo’, sofisticado e
lucrativo segmento do mercado (vide:
1913 – Quanto gastavaum audiófilo com o sistema? e 1925 - 'Overdubbing – Fim da fidelidade nas gravações).