sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Florença – 28/ago/2018 – Adoniran Barbosa

Florença – 28/ago/2018

Adoniram Barbosa é meu vizinho parônimo, ambos gostamos de andar pelo Bixiga, em tempos diferentes infelizmente. Contudo, foi curioso encontra-lo em Florença/Itália.

O melhor lugar para assistir ao pôr do sol na cidade de Dante é da 'Piazzale Michelangelo', no alto de uma colina. De lá é possível ver as várias pontes sobre o Rio Arno, especialmente a 'Ponte Vecchia', iluminadas e transfiguradas pelas cintilações dúbias da luz dourada.


Reservei uma tarde inteira para curtir com calma o espetáculo. Por sorte, inesperadamente, como presente, prêmio, durante o auge da performance do Sol tocaram ‘Tiro ao Alvaro’, com Adoniram e Elis, em ‘repeat mode’, durante uns 15 minutos. Um casamento estranho – perfeito, delirante, emociante - de som e imagem. 


Não sei a quem devo agradecer pelo presente.

sábado, 15 de agosto de 2020

Gruyères / Suiça – 25/maio/2016 – Museu HR Giger

Gruyères / Suiça – 25/maio/2016 

Pois é, desde maio de 2016, quando visitei o Museu HR Giger em Gruyères  cidade que é parada obrigatória no roteiro de queijos suíços  desenvolvi uma severa cine-neurose. Sempre que assisto filmes da franquia ALIEN fico com vontade de comer queijo e sempre que como queijo fico com vontade de assistir filmes ALIENS. Um círculo vicioso. 

Isso é grave, incômodo, minha família é de origem mineira e gosto de queijo. Pior, se o queijo é do tipo ‘gruyère’, preciso ir correndo para a frente de uma tela/monitor. Também depois de assistir filmes ALIENS preciso comer queijo.

Visitar o museu de Hans Ruedi Giger e seu bar alien-temático na cidade é obrigatório. Neles estão plasmados parte do consciente coletivo desta virada de séculos. Vale até esticar o roteiro incluindo a sala erótica, onde todas as sugestões latentes que habitam as cabeças dos espectadores estão realizadas. Mas é proibida para menores.

sexta-feira, 7 de agosto de 2020

Amsterdam – 2014/set/19 – Museu Van Gogh

Amsterdam – 2014/set/19

Fui até Arles/França para conversar com Van Gogh. O papo não progrediu, o pintor só queria falar da ‘amarelidade’ do amarelo. Me perdi nas vias, desvãos e desvios de sua (dele) mente.

Revolvi procura-lo em Amsterdam, no Van Gogh Museum. Lá o mestre é mais plural. Havia uma exposição temática: ‘Van Gogh em Paris’, de novo o mestre estava colorido, desta vez gris. Mesmo assim arrisquei palestrar.
“– Vincent a alma tem cor?” Me olhou ensimesmado, coçou a barba vermelha.

“– Sim, tem, todas.” O ponteiro-pincel demorou a se mover. “– Mas é volúvel, inquieta e nebulada, um matiz dela sempre predomina. Quando passo por Paris a minha confunde a paleta, muda de cor toda hora. Prefere se enrolar em tons azuis."

“– Como posso entender melhor isso?”

“– Olhe com paciência ‘Amendoeiras em Flor’. Um quadro pequeno, porque alma é tímida, só se exibe em nesgas ou janelas.”