quinta-feira, 11 de dezembro de 2014
XADREZ A TRÊS
terça-feira, 9 de dezembro de 2014
PREDINHO TESTEMUNHA
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segunda-feira, 1 de dezembro de 2014
BENEDITOS CALIXTOS – CAPELA DO SANTÍSSIMO / CONSOLAÇÃO

segunda-feira, 24 de novembro de 2014
SAUDADES DOS LIVROS LIDOS - Clarice Lispector
Muita vez, correndo os olhos pelas estantes das livrarias – ou dos amigos, passamos por territórios literários que já exploramos com prazer em longas leituras: Machado de Assis, Fernando Pessoa, Drummond, Dostoiévski, Hesse, Proust, Borges... Galáxias de saudades coruscantes.
Infelizmente, mesmo os melhores livros, a gente só lê uma vez. Depois só é possível revisitar, relembrar ou matar saudades. Ler de verdade – com excitação, pressa, curiosidade e fôlego preso – só a primeira vez.
O mundo dos livros têm infinitas veredas, cada leitor cria seu próprio itinerário. Contudo o primeiro contato com um livro é sempre mágico: inesquecível e, infelizmente, irrecuperável.
quinta-feira, 13 de novembro de 2014
sexta-feira, 7 de novembro de 2014
As 32 Colunas da Sala São Paulo
Por exemplo, quem frequenta a Sala São Paulo, se
contar as elegantes colunas compósitas que embelezam o Auditório, constatará
que totalizam 32. Não por acaso o ano da Revolução Constitucionalista 9 de
julho de 1932. Talvez a data de maior significado para as tradições cívicas
paulistas e paulistanas.
O engenheiro-arquiteto Christiano Stockler das Neves
era um paulista tradicional e apaixonado. Formando em 1911 pela Universidade de
Pensilvânia, construiu talvez o primeiro arranha-céu da cidade: o Edifício
Sampaio Moreira. Endereço da centenária Casa Godinho.
Um arquiteto ativo, apresentou projetos para as Estações do
Norte (Brás) e D. Pedro (Rio); organizou o Faculdade de Arquitetura do
Mackenzie; e foi prefeito de S. Paulo por cinco meses. Um currículo de
competência e dedicação à cidade.
A histórico da construção da Estação Sorocabana é descontínuo
e turbulento. O espaço onde estão as 32 colunas – origem do Auditório da Sala
São Paulo - anteriormente era um jardim interno de teto aberto. O projeto é
1925, os trabalhos começaram um ano depois, em 26, antes da revolução. Nos anos
de 28/29, por causa das trepidações da Economia, o projeto foi postergado e
simplificado, o que levou Christiano Stockler das Neves a abandonar o
empreendimento, e inclusive processar a Sorocabana exigindo preservação da
planta contratada. Perdeu.
Na retomada foram priorizadas e construídas antes as
plataformas de embarque. O edifício completo e acabado, porém, modificado, e com
o nome de Estação Júlio Prestes – um paulista eleito presidente, mas impedido
de assumir - foi inaugurado apenas em 15 de outubro de 1938
Quem sabe Dan Brown não seja só um maníaco. Quando lembramos
das grandes construções e monumentos de S. Paulo antigo, como o Edifício 'Ouro
para o Bem de São Paulo', construído com as sobras do dinheiro da campanha ‘Doe
Ouro para o Bem de São Paulo’; ou do Obelisco aos Heróis de 32, no Parque
Ibirapuera; cheios de referências numéricas de efemérides e dados cívicos
paulistas, as dúvidas e mistérios aumentam:
As 32 colunas não são somente coincidência?
DIMARCO, Ana Regina e ZEIN, Ruth Verde – Sala São Paulo de Concertos - Revitalização da Estação Júlia Prestes: O Projeto Arquitetônico / Arquiteto Nelson Dupré - São Paulo / 2001 - Editora Alter Market
quarta-feira, 29 de outubro de 2014
terça-feira, 21 de outubro de 2014
Parque Savoia - Por Trás dos Portões
Já escrevi algumas vezes sobre esta intrigante construção no Blog Paulistando (http://www.paulistando.com.br/2013/03/parque-savoia-lugares-de-outra-sao-paulo.html). Especulava sobre seus mistérios e inventava moradores fictícios, poderia ser o esconderijo paulista para um remake do Sherlock Holmes. Nas minhas caminhadas, as vezes desviava para passar por lá, só para apreciar a fachada, atiçando a vontade de cruzar as grades de ferro e adentrar nos jardins e alamedas da ‘vila’ italiana.
No começo deste ano (2014), descobri que o proprietário, Sr. Salvatore Iungano, participava de alguns grupos do Facebook de que fazia parte, trocamos algumas mensagens e revelei meu desejo. Fui convidado a visitar o parque por dentro. Aceitei agradecido, em junho de 2014 atravessei os portões do paraíso escondido. Entre outras heranças tenho uma avó romana, fiquei siderado com a riqueza de Cultura e História ítalo-paulista guardada na vila.
segunda-feira, 13 de outubro de 2014
Na Fila Com Marlene Dietrich
Fui ao CCBB - Centro Cultural Banco do Brasil ver a Retrospectiva da MARLENE – a diva alemã do cinema antigo. Planejava passar uma tarde curtindo a atriz indecifrável e desaparecida das TVs, mesmo nos canais a cabo regiamente pagos.
Entrei na fila e comecei a ler o programa da mostra. Na capa a foto da homenageada, obviamente em preto e branco – as cores dos estados da alma – com o inseparável cigarro, que, infinitas vezes, nas velhas películas envolvia seu rosto em volutas de deslumbramentos e mistérios.
sexta-feira, 10 de outubro de 2014
Prefácio - Sobre a Transcencência do Silêncio
Nathan Souza, Sobre a Transcendência do Silêncio, Belém-PA, Editora LiteraCidade, 2014(www.literacidade.com.br)
sexta-feira, 3 de outubro de 2014
Veneza, Livros, Sebos, Bibliotecas, E-Books, Bits...
quinta-feira, 2 de outubro de 2014
7 CORES INVENTADAS
do espectro solar e tomado posse delas.
de suas pinturas não vêm de nenhum dos dois.
e conviviam diariamente.
sábado, 13 de setembro de 2014
terça-feira, 9 de setembro de 2014
Estações Júlio Prestes e Luz, Futuro Travado
O belo prédio da EMESP - Escola de Música do Estado de São Paulo - Tom Jobim (Largo Gen. Osório, 147), defronte a Sala São Paulo da OSESP.
sexta-feira, 29 de agosto de 2014
CENAS DO CINEMA PAULISTA
Dois filmes emblemáticos do Cinema Paulista – que registrava este momento de mudança efervescente e de acelerada industrialização – terminam exatamente aqui: os clássicos São Paulo S/A (de Luís Sérgio Person) e Noite Vazia (de Walter Hugo Khouri).
No primeiro – São Paulo S/A – Walmor Chagas, um existencialista desencaixado, rouba um carro na praça-estacionamento e dirige sem parar fugindo da S. Paulo (que ficava grande demais) e procurando o sentido da vida.
No segundo – Noite Vazia – Mário Benvenutti e Gabriele Tinti, playboys entediados, depois de uma noite de transas, confrontações e revelações, no começo da manhã, deixam duas garotas de programa (Norma Bengell e Odete Lara) nesta praça deserta, surreal e semiabandonada. Depois voltam para suas vidas de burgueses, pacatas e bem comportadas.
Esta praça sempre foi uma esquisita zona de transição dentro de S.Paulo, porém no fim das tardes um Sol tépido, ofuscante e intrometido invade os apartamentos da muralha. Sempre foi, e continua sendo, um endereço procurado por artistas e intelectuais, por gente interessante e interessada.
Num desses edifícios – o mais baixo, a esquerda – funciona a Escola de Teatro da Prefeitura, e os térreos dos outros prédios acolhem os palcos experimentais e questionadores de cena do teatro paulista: Sátiros, Parlapatões e outros.
Todo mundo que morou ou estudou em S.Paulo frequentou a região, os bares, os teatros e, seguramente, o velho e saudoso Cine Bijou, para assistir filmes cabeça. cabeça.
segunda-feira, 25 de agosto de 2014
domingo, 24 de agosto de 2014
quinta-feira, 21 de agosto de 2014
quinta-feira, 14 de agosto de 2014
Motivos para Amar S.Paulo
Sobretudo porque em
S.Paulo as estações do ano são como crianças travessas, não seguem regras e não
cumprem calendários. Primaveras saltam de dentro de invernos e outonos se
escondem nos verões. Às vezes todas quatro brincam de roda no mesmo dia.
Por isso a sutil
elegância das meninas paulistas confunde os migrantes e atordoa os turistas
caetanos. É coisa mais pessoal, bandeirante. Engana a Moda, não depende das
roupas, reside mais perto da pele. As paulistaninhas sorriem imprevisíveis, como
as estações. São invernais, outonais ou primaveris, sem obedecer a nenhum
critério. Certeza? Apenas que o riso-verão – que esquenta e excita - está
reservado somente para os namorados.
As transições das
estações em S. Paulo são inesperadas, mágicas e misturadas. Ordem e sequência
não são respeitadas. O tempo de recolhimento é cheio de quietude ou ousadias, o
romantismo é tomado de entusiasmos e a regra abriga exceções. Em dúvida, meio
tontas, as cores ficam mais carinhosas e cambiantes. Coquetes, as
possibilidades brotam coloridas como agapantos desregulados e todo mundo sonha
com coisas impossíveis ou inacreditáveis.
Nas caminhadas tanto
podemos ver novas florações incandescentes, como afundar os pés em folhas
caídas (talvez dos vasos das janelas), tudo na mesma rua.
Porque em S.Paulo,
sempre existe mais de uma opção; sem contar com as surpresas.
domingo, 10 de agosto de 2014
terça-feira, 29 de julho de 2014
O Lado Ensolarado da Rua dos Ingleses
segunda-feira, 21 de julho de 2014
BIXIGA E AS DOBRAS DO TEMPO
Suas ruas antigas guardam com zelo e carinho as sementes de todas as 'paulistanices'. Adoniram e a miscigenação permanente dos migrantes e nativos. Os antiquários; a casa que acolheu as loucuras e insanidades de Dona Yayá. Além dos teatros antigos e resilientes.
O bairro que – dois séculos atrás (1819) - acolheu e abrigou Saint-Hilaire, o mais simpático e otimista dos cronistas estrangeiros que visitaram S. Paulo, deve ficar dentro de uma sutil dobra do Tempo. Dentro deste território mítico aconteceu a invenção do 'paulistano' típico. Um bolsão irreal costurado com agulhas mágicas e linhas esquisitas. Com limites indefinidos e geografia incerta.
É possível, por exemplo, fazer uma viagem no tempo na Avenida Brigadeiro Luis Antonio, número 1308 e encontrar dois sobradinhos vizinhos recém reformados.
Como tem fronteiras móveis o Bixiga ocupa um lugar privilegiado na geografia paulistana. No sentido norte-sul fica entre a Avenida Paulista e o Centro Velho. No sentido leste-oeste divide a Liberdade e Aclimação de Higienópolis e Cerqueira Cesar. Considerando o mapa e as facilidades de acesso, não existe melhor ponto para se morar, é perto de tudo, mas diferente de todos os outros lugares.