New York – 30/maio/2012
Às vezes, raras vezes, um Museu pode ser um espaço pessoal, particular, solitário, acolhedor e íntimo. Quase um portal para a introspecção transcendental. Quando o acaso, a sorte e o tempo se juntam para nos oferecer um presente. A chance de apreciar com vagar as extraordinárias pinturas, compara-las e alargar a dimensão delas.
Isso pode acontecer inclusive no MET – Metropolitan Museum of Art de New York, que quase sempre está lotado. De repente uma sala completamente vazia e disponível se oferece, atrativa como uma armadilha, esperando o visitante-presa entrar para o abraçar, subjugar e transportar o para outros níveis da fruição estética.
segunda-feira, 29 de junho de 2020
sábado, 20 de junho de 2020
Medellín / Colômbia – 9/ago/2015 – Sistema de Bibliotecas
Perguntei se gostava do trabalho. Entusiasmado garantiu que adorara. Uma frase de sua fala jamais me saiu da memória, ela deu origem a este poema “a Arte é o único registro da alma que fica depois de irmos embora”.
terça-feira, 16 de junho de 2020
10 Melhores Filmes da Década (2010 / 2019)
< Para o Grupo Clássicos do Cinema Mundial /
Atendendo meu amigo Paulo Rogério Ribeiro)
Qualquer escolha dos ‘10 mais’, ‘10 melhores’ é arriscada, transitória, fortuita e instável. Tem vida curta, efêmera validade, como um desenho de nuvens no céu.
É uma temeridade prepotente fazer qualquer lista deste tipo. Sou culpado e já estou arrependido.
* NIDNIGHT IN PARIS / Wood Allen
* HER / Spike Jonze
* INTERESTELAR / Christopher Nolan
* WHIPLASH / Damien Chazelle
* ARRIVAL / Denis Villeneuve
* MONSIEUR & MADAME ADELMAN / Nicolas Bedos
* BLADE RUNNER 2049 / Denis Villeneuve
* DUNKIRK / Christopher Nolan
* MI OBRA MAESTRA / Gastón Duprat
* 1917 / Sam Mendes
* ONCE UPON A TIME... IN HOOLLYWOOD / Quentin Tarantino
segunda-feira, 8 de junho de 2020
Aix-en-Provence / França – 01/out/ 2016 – Paul Cézanne
Muita vez Paul Cézanne – teimoso, porém ainda não famoso - saia para caminhar de manhã. Voltava sempre com uma nova pintura do Mont Sainte-Victoire. Juntou umas 60 telas. Numa das manhãs resolvi acompanha-lo.
Era difícil ele marchava apressado. Durante o percurso em aclive, sem fôlego, perguntei:
“– Porque pinta tanto o Sainte-Victoire?”
“– Não pinto a monte, pinto o Tempo. Me fascina, desafia e amedronta como ele transforma tudo, nós e a montanha.”
Fiquei esgargalado, a dúvida havia se expandido epistemologicamente.
“– Gosto de olhar as telas pintadas para lembrar como eu era ontem. Para combater o Tempo todo dia invento um jeito novo de pintar.”
Aderi à inquietação do pintor, menos talentoso, comecei a colecionar fotografias.
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