terça-feira, 23 de janeiro de 2018
NOSSA MEGALÓPOLE SECRETA
quarta-feira, 17 de janeiro de 2018
Uma Utopia Paulistana – Av. 9 de Julho
Por isso enquanto caminho por aí pratico Psicogeografia. Por exemplo, a Avenida Nove de Julho – o trecho Túnel / Praça da Bandeira – certamente foi concebida por outra civilização. Nos anos 40/60 um povo estranho, um pessoal legal, confiante, com um governo mais cidadão, numa utopia coletiva, se propôs construir uma avenida de fundo de vale enfatizando a elegância, Art Decô e Modernismo.
Provas disso são as luxuosas entradas/saídas do túnel que somadas aquele conjunto de três viadutos (Nove de Julho, Major Quedinho e Martinho Prado) com desenhos inusitados e cercados de vastas e numerosas escadarias torna este espaço único, esteticamente mágico e descolado do resto da cidade.
Pena que a realidade não é romântica. Permitiu que os viadutos da ligação leste-oeste e o elevado da Praça 14 Bis invadissem este paraíso utópico.
Como é impossível reencontrar este paraíso perdido, escrevi um conto de História Alternativa em que o viés Art Decô/Modernista prevaleceu no tempo. Um conto chamado ‘Hel 2 – A Ginoide Sampaulista’, publicado no meu último livro 'Contos do Tempo Emaranhado'. Nele o Morro dos Ingleses é a região mais chic da cidade, cheia de galerias de arte, e a Avenida Nove de Julho o eixo refinado de S. Paulo.
terça-feira, 9 de janeiro de 2018
Capela Sistina - Ruas Tonelero/Cerro Corá
É especial porque seu trajeto segue exatamente a crista do espigão que
separa o vale do Rio Pinheiros do vale do Rio Tiete. E é espetaculosa por causa
das maravilhosas vistas que oferece dos dois lados dela, todas suas travessas
são ladeiras íngremes.
Tem 2300 metros, começa na Vila Romana (fim da Rua Heitor Penteado) e
vai até o Cemitério da Lapa.
Eu não sabia nada disso quando, entre 15 e 16 anos, carregado por uma
mania maluca insistia em caminhar desde a Lapa até a Cerro Cora, seguindo a
serpentina Rua Tonelero. Mesmo sob tortura minha memória jamais confessou o
porquê dessa escolha espalhafatosa. Hoje – gentileza do Google - sei que percorria
1600 metros com 50 de elevação, mas nas minhas nebuladas lembranças a distância
era mais longa e a subida muito mais inclinada.
No fim da década de 60 ainda era uma rua típica de bairro, a principal
da Vila Ipojuca, de casas simples e com muitos portugueses. Talvez o nome
exótico fosse o motivo de minha andança e principal chamariz. ‘Tonelero’,
prometia uma fábrica de barris em pleno funcionamento que nunca encontrei.
Havia também a bela Igreja de São João Batista, de tijolo a vista, que vigiava
o percurso.
Atualmente a Rua Tonelero é famosa porque possui uma espécie de Capela
Sistina tacanha, fica no fim dela o mais antigo ponto de ônibus da cidade, com
o teto todo decorado.
Recordo dele, porém nunca foi a causa eficiente de minha peregrinação.
Quando chegava à Cerro Corá descansava alguns minutos contemplando a amplitude
dos horizontes sem fim e voltava, para, desconfio, a demanda do verdadeiro graal
de minhas cruzadas.
Meus passeios acabavam sempre na Biblioteca Municipal da Lapa, na Rua
Catão, onde minha missão era copiar – cada dia um pouco - os 7 mil versos dos ‘Quatro
Quartetos’ de T.S. Eliot, porque não conseguia encontrar, nem tinha
dinheiro para comprar o livro.
A Geografia emocional tem muito mais do que três, quatro ou cinco
dimensões, porque precisa guardar todos os mundos paralelos que trazemos dentro
de nós.
segunda-feira, 8 de janeiro de 2018
O Espanto e o Riso
Destas quatro formas de conhecimento, a fundação mítica ou lendária da Filosofia é a mais sarcástica e zombeteira. Os dois maiores filósofos da antiguidade têm piadas sobre o assunto.
Platão no Diálogo Teeteto, via Sócrates, sugere que a Filosofia de desvinculou do Saber Comum e se tornou um campo diferenciado de conhecimento desde o dia em que uma escrava trácia riu de Tales de Mileto – o primeiro filósofo – quando ele, distraído, olhando o céu caiu num poço. ‘De que adianta saber tanto se nem olha por onde anda?’, gozou.
Aristóteles, n’A Política’ conta que a Cidade de Mileto repreendeu Tales por ser muito pobre e viver alheado por causa de sua mania por Filosofia.
sábado, 6 de janeiro de 2018
Filosofia e Política – Platão, Kant e Arendt
quarta-feira, 3 de janeiro de 2018
A Sincrética Arte de Rodar Pião
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