A contraposição entre a Filosofia e a Política é perpétua e indecidível, como a ‘luta do rochedo com o mar’. A crosta dura da Terra
contém os oceanos, mas o eterno choque das ondas altera o desenho dos continentes,
então a guerra não acontece em vão, porque os dois se modificam durante as intermináveis batalhas.
Por três vezes ao menos a confrontação se agudizou e a ‘Filosofia pura’ foi obrigada a pensar sua própria essência. Platão, com a condenação de Sócrates; Kant, as voltas com a Revolução Francesa e Hannah Arendt na Segunda Guerra Mundial.
No primeiro semestre de 1995 tive oportunidade de participar
de um seminário na Faculdade de Filosofia nas USP com o Prof. Paulo Arantes examinando estes temas. Na oportunidade escrevi
uma monografia sobre o assunto. Recentemente, relendo-a, entendi que a abordagem
deste vasto tema continua interessante e pertinente, sobretudo atualmente em que
vivemos guerras múltiplas envolvendo gêneros, raças e etnias. Em que ter uma mera opinião, ás
vezes, não é natural e nem um direito.
Texto Completo: Filosofia e Política
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