Visitei diversas vezes as salas de som do Holbein Menezes em Fortaleza, as Gesso Filled I e II, assim denominadas por brincadeira e reverência à mítica Sand Filled, construída, muito tempo atrás, em Florianópolis, com paredes de tabuas costaneiras, preenchidas com areia de rio. Observando o trabalho incansável do Mestre para aprimorar suas salas-setups, me ocorreu que – como quase tudo na vida – os audiófilos podem ser divididos em dois grupos: podemos chama-los de holberianos e não-holberianos, para homenagear o decano.
Os não-holberianos são avassaladora maioria, mais de 98%. O interesse preponderante deste grupo é a reprodução de som com alta qualidade, através dos avanços técnicos dos aparelhos. Em geral, entendem razoavelmente bem de eletrônica e acústica, também acompanham revistas, feiras, audições e reviews de novos lançamentos e, como todos os audiófilos, gostam de experimentar, testar e ouvir equipamentos.
Os holberianos são raríssimos, poucos e loucos, no máximo 2%. Têm amplo conhecimento técnico de acústica; estudam os princípios da audição humana; entendem profundamente – e na prática – de eletrônica; características das mídias e construção de equipamentos. Almejam construir a Máquina Ideal Para Ouvir Música.
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Para ilustrar as diferenças entre as duas categorias audiófilas,