sexta-feira, 18 de setembro de 2015

O Último Concerto (A Late Quartet)


Tudo depois deste parágrafo é suspeito e exagerado, porque sou adicto de Quartetos de Cordas.

Assisti ao filme O Último Concerto (A Late Quartet),  que mostra as turbulências – artísticas e pessoais – de um conjunto de Música de Câmara, o ‘Quarteto de Cordas Fugue’, quando um de seus membros, o cellista, contrai Parkinson.

‘Quarteto de Cordas’ é um nome propenso a confusão, tanto pode se referir à forma musical, quanto ao conjunto que a executa. Em todo caso, o titulo original do filme é bonito e sutil, lembra os ‘Late Quartets’ de Beethoven, os quatro quartetos tardios, os últimos compostos pelo alemão, considerados o apogeu dessa modalidade musical.

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Coletânea Grande Baile do Castelo Literário

Foram publicados seis poemas meus no livro ‘Coletânea Grande Baile do Castelo Literário’, publicado pela Editora Bookess. São 20 participantes, excelentes poetas, colaboradores regulares do Grupo do Facebook ‘Castelo Literário’, dedicado à Literatura.
Esta disponível como ebook ou edição impressa no site da Editora
Clique >>> http://www.bookess.com




sexta-feira, 4 de setembro de 2015

MOLHO DE TOMATE COM BANANAS

Desde criança molho para macarrão é o componente culinário que mais me intriga e desafia. Quando visitava minhas tias maternas (seis), além da fome de garoto, a principal motivação era apreciar a versão particular de cada uma delas para este componente.

Minha avó, Dona Catarina Rossi, deve ter ensinado a mesma receita para todas as filhas, porém cada uma – com salutar rebeldia – desenvolveu uma maneira diferente de obedecer à nona.  

Tia Maria se atinha às carnes, preparadas à parte, antes de entrar na orgia da panela.

Tia Francisca cuidava dos tomates, cozidos e despelados manualmente antes da confraternização geral.

Dina, a tia mais séria, cuidava dos temperos, ervas cultivadas na horta do fundo da casa, porém usados como penitência, com parcimônia e comedimento.

Tia Onofra, homenagem ao santo beberrão, era ousada e audaciosa, em seus molhos apareciam coisas que nunca havia comido antes. Acho que vêm desta irmã caçula minhas infrações culinárias.

Na Colômbia cansei de comer banana: ‘patacon’ o tempo todo. Então, durante as excursões, talvez influência peri-espiritual de minha tia Onofra, me ocorreu que nunca tinha experimentado molho de tomate com sabor banana. Voltei para casa determinado, resolvi avassalar.

Gosto de transgredir nos meus molhos – preparo vários inspirados em minhas tias. Pensei muito antes de ir para a cozinha, decidi preparar um combinado de carne moída, berinjela e alcaparras. Com temperos exagerados, impensáveis para minha tia Dina. A banana entrou no fim  como a tia Onofra que chegou temporã  semi-verdes, em rodelas, quinze minutos de cozimento, esmagadas com a colher nas paredes da panela.

Ficou ótimo, muito além dos meus mais otimistas prognósticos, comi dois pratos cheios, com meia garrafa de vinho. O que me sobrecarregou com o compromisso de ser rigoroso no jantar.


Vou treinar mais duas vezes antes de convidar meus queridos amigos glutões.