São ao todo 28 colunas, 27 delas absolutamente iguais, cobertas por reboco e pintadas de amarelo. Uma delas, porém – a sexta da esquerda, ou a vigésima terceira da direta – é de tijolos aparentes, num arranjo artístico. Logo, diferente de todas as outras.
A explicação mais óbvia é que se trata de um registro testemunho de uma antiga versão do muro. Preservada para ilustração das pretéritas reedificações ou expansões havidas.
Mas será apenas isso? Para leitores de Dan (Código Da Vinci) Brown, como eu, o prosaico é sempre suspeito. Quem dera fosse o indício, pista de um mistério intricado, uma daquelas e lendas semiverdadeiras que envolvem os fundamentos da história mítica da cidade.
A coluna singular é um belo exemplo de alvenaria antiga, tijolos assentados com engenho e arte, sugerindo ideias, inventando formas. Uma arte infelizmente em processo de esquecimento, como a serralheria, a marcenaria fina e outras.
Alguém arrisca um palpite? Uma tese cabalística?
Os números (se contei certo) são 28 colunas. Nesta ordem, sentido Pacaembu: 5 / 1(a coluna suspeita) / 22.
Algum segredo dorme debaixo dela?
Sempre que posso adiro à lenda.

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Agradecimento.
Gostaria muitíssimo de compartilhar a foto postada por Martin Jayo na minha timeline do Facebook. Um antigo cartão postal mostrando o muro do Colégio Sion de tijolos aparentes. Comprovando assim que a coluna isolada é mesmo um monumento testemunho do estilo da versão pretérita da construção.
"Martin Jayo Parece ser mesmo um testemunho de versões anteriores do muro."
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Novo Agradecimento.
A Arnaldo Bruno que apontou as semelhanças entre o antiga coluna do Colégio Sion e os muros que ainda hoje cercam a Santa Casa de Misericórdia, também em Higienópolis.
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