Quando acabou a sessão ficamos iguais aquele osso girando no
espaço, encalacrados na maior elipse de tempo da História do Cinema Mundial, sem entender
nada, perdidos no vácuo interplanetário e epistemológico, incapazes de completar
a transição para acoplamento na estação espacial.
Naquele tempo era possível, por isso permanecemos sentados e pasmos no mesmo lugar esperando a nova sessão do enigma recomeçar. Congelada na cabeça, estava a
última imagem da tela, um feto querendo voltar para o cálido conforto do ventre
materno. Abobados mergulhamos na próxima exibição.
De nada adiantou ver de novo, as dúvidas se multiplicavam
exponencialmente.