Parecia genial acontecer uma feira de livros exatamente naquela ruela seiscentista. Um dia encontrei uma oferta extraordinária numa das barracas:
domingo, 28 de agosto de 2016
OS LIVROS QUE NOS PROCURAM
Parecia genial acontecer uma feira de livros exatamente naquela ruela seiscentista. Um dia encontrei uma oferta extraordinária numa das barracas:
terça-feira, 9 de agosto de 2016
A Casa e o Caso de Alfredo Volpi
Nesta
casa padrão, comum e camuflada – Rua Gama Cerqueira, 154 / Cambuci - Alfredo
Volpi morou, quase a vida toda. Para alguns um dos maiores pintores brasileiros.
Durante muitos anos foi seu atelier, de lá saíram milhares de obras primas
(entre 3 a 5 mil). Hoje imensamente valorizadas. Entretanto nenhuma placa
homenageia um dos mais ilustres, importantes e fies moradores do bairro.
Muitos
críticos, prêmios e estudos têm destacado e consagrado o
ítalo-paulistano como o mais criativo e revolucionário pintor nacional. Na
Bienal de 1953/54, aquela que exibiu Guernica por meses (um raríssimo privilégio mundial) e mudou a geografia da
Arte no Brasil, a indicação de melhor artista foi dividida entre Volpi e Di
Cavalcanti.
Existe
uma história neste ‘empate’. Na contagem inicial a votação apontou 8 a 1 para
Di Cavalcante, Contudo e entretanto o solitário voto contrário era de Herbert
Read – a sumidade internacional especialmente convidada. Então a eleição
(previamente combinada, conforme especula Décio Pignatari), teve que ser
reformada para um empate. Os 'modernistas' nunca engoliram direito esta nova
matemática.
Curioso e previsível o percurso de Volpi. Começou como pintor de parede e decorador das mansões
paulistas. Em 1912 cometeu suas primeiras telas; em 1940 integrou o Grupo Santa
Helena; só em 1953/54, quando premiado pela 2ª Bienal, virou figura nacional.
No
princípio era um paisagista naïf, pintou marinhas, casarios, fachadas e barcos.
No meio disso eclodiram as bandeirinhas, que viraram sua marca registrada.
Através delas tornou-se um mestre colorista e um refinado abstrato e parônimo.
Coincidência
intrigante, as bandeirinhas são contemporâneas da Copa do Mundo, Bossa Nova e
Cinema Novo. Nosso apogeu estético e cultural mundial. O milagre que permitiu ao Brasil
ousar de um jeito diferente e inesperado, inventando fórmulas inusitadas, de
resolver as eternas e inextrincáveis equações da Arte e do Esporte.
Contudo
o ‘ingênuo’ Volpi foi muito mais além na ousadia, surfando na onda da guerra
fria inventou a sofisticada e engajada série ‘Ogivas’, que dialoga com a
possibilidade do colapso atômico, o perigo do Armagedom. Ou seja, pensou no mesmo
horizonte de eventos dos outros grandes movimentos artísticos mundiais da
época.
segunda-feira, 1 de agosto de 2016
7 MESTRES BRASILEIROS
ALMEIDA JUNIOR