sábado, 3 de maio de 2014

ARCOS DA 23 DE MAIO


Os Arcos da Avenida 23 de Maio é mais um desses paramentos esquisitos e insólitos que enfeitam (e espantam em) S. Paulo. Lembrados – por todos os paulistas – contudo, pouco conhecidos. Permanecem, ainda, envoltos em mistérios e desinformações.

Parece inverossímil, porém conta a lenda que foram redescobertos por Jânio Quadros depois da demolição de um conjunto de cortiços – um enclave de abusos e contravenções – no Bixiga, quase no coração da cidade.

Fazem parte de um estranho conjunto de obras de arte rodo-urbanas muito peculiares – de função ou destinação duvidosa – concebidas para serem apreciadas exclusivamente de dentro dos automóveis, porque é impraticável, desmotivado e quase proibido, visita-las a pé (já tentei). Um museu meio onírico, fantasmagórico, fantástico e irreal de imagens avistadas de relance, de passagem, durante os deslocamentos diários, feito propaganda subliminar, porque nunca ficam nítidos na memória.


Compõem um vasto acervo, bizarro e bisonho, de ornamentos públicos: grandes murais, como os painéis de Clóvis Graciano na Av. Moreira Guimarães; ou esculturas como o Monumento aos 80 Anos da Imigração Japonesa, da centenária Tomie Ohtake; ou a homenagem a Airton Senna (de Melinda Garcia), o piloto mártir paulistano. Os exemplos ão inúmeros de todos tipos e tamanhos.

Atualmente, este museu aberto esta sendo rapidamente populado por grafites, autorizados ou clandestinos.

Desconfio incluve que S. Paulo incentiva os engarrafamentos, assim essas obras todas, quem sabe, acabem melhor conhecidas.



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