segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

O Espanto e o Riso

Li alguma vez, acho que em Heidegger, que existem quatro maneiras de entender o mundo, Arte, Ciência, Filosofia e Religião. Todos os quatro caminhos são completos, equivalentes e autossuficientes. Não faz nenhum sentido criticar, refutar ou confirmar a verdade ou validade de qualquer um dos componentes do quarteto a partir de outro.

Destas quatro formas de conhecimento, a fundação mítica ou lendária da Filosofia é a mais sarcástica e zombeteira. Os dois maiores filósofos da antiguidade têm piadas sobre o assunto.

Platão no Diálogo
Teeteto, via Sócrates, sugere que a Filosofia de desvinculou do Saber Comum e se tornou um campo diferenciado de conhecimento desde o dia em que uma escrava trácia riu de Tales de Mileto – o primeiro filósofo – quando ele, distraído, olhando o céu caiu num poço. ‘De que adianta saber tanto se nem olha por onde anda?’, gozou.

Aristóteles, n’A Política’ conta que a Cidade de Mileto repreendeu Tales por ser muito pobre e viver alheado por causa de sua mania por Filosofia.

Apesar disso a Filosofia prosperou e conquistou seguidores, gerou bibliotecas babilônicas de obras, inclusive com ínfimas colaborações minhas, como esta dissertação que escrevi sobre o assunto na Faculdade de Filosofia.

Texto Completo: O Espanto e o Riso

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