sexta-feira, 12 de maio de 2017

7 FÁBULAS FAUVISTAS

[...]
O homem é cativo do Tempo, só a mágica da mulher pode carrega-lo para o futuro.

Alan Turing era apaixonado pela cine-fábula da Branca de Neve,
Para morrer escolheu morder uma maça envenenada com cianeto.
Entrada ou saída do paraíso?


Toda mente é prisioneira numa torre de cinco janelas,
pode ver, ouvir, falar e, ás vezes, rir ou chorar.
Olhar é jogar as tranças.


Houve um tempo em que os filmes de amor acabavam com um beijo
que resolvia todos os problemas do mundo.

Como escapar  dos perigos da vida lobo?

Com o que vamos nos parecer
quando acabarmos de crescer?  

O que mais intriga no sono da 'Bela Adormecida', é quanto tempo
durou e o que a bela sonhou.







17 comentários:

  1. Douglas, achei fantásticos os três poemas! Que maravilhosa ideia de trabalhar com histórias tão ancestrais; as narrativas orais, felizmente migradas para a escrita, trabalho dos folcloristas, povoa a nossa imaginação.

    ResponderExcluir
  2. Vilma Silva. obrigado. Que bom que gostou da ideia. Sempre achei que em cada fábula existe alguma coisa inalcançada pela Razão. Quem sabe a Poesia possa servir de lente de aumento.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. As fábulas não passam pela razão, falam direto ao subconsciente. Trabalhei muito com narrativas da tradição oral. Foi uma vivência gratificante. Percebi que as narrativas populares são sofisticadas; expressam na linguagem que lhe é própria as grande questões (ou dilemas) do ser humano, como o faz toda arte. Foi interessante também descobrir que grandes escritores beberam na fonte das narrativas orais dos povos. Ei aí você também voltando à mesma fonte.

      Excluir
    2. Acho que a poesia e a literatura em geral expressam o mesmo em linguagem também própria. As narrativas orais podem parecer ingênuas e moralistas, mas há no fundo dela muito mais que isso. Eu fiz uma tradução das Fábulas de Stevenson. Gostaria de te presentear com um exemplar. Tenho a impressão de que você vai se deliciar com essas fábulas, exemplares em meu conceito.

      Excluir
  3. Que trabalho interessante Vilma, conheço muito pouco Stevenson. Clario que iria adorar ler.

    ResponderExcluir
  4. Transcrito do Facebook
    NELSON TEIXEIRA - Sua simplicidade em tornar humilde o ácido, me encanta, caro escritor, poeta e afins, Douglas Bock! Gostei da chama existencialista, pois para quem persegue e encantado se tornou escravo dessa liberdade de tocar à liberdade, sua voz foi a alma das palavras dessa atração, desse sonho de a encontrar.

    ResponderExcluir
  5. Nelson Teixeira, queria agradecer seus excelentes comentários ao poema, Num dos livros secundários Borges diz: “o bom, se breve, duas vezes bom”. Gosto desta frase.
    Sobre o Existencialismo? Como deixar de sê-lo, sou da safra de 51.

    ResponderExcluir
  6. Os sonhos, assim como os contos de fadas,como dizia Jung descrevem todos os seres humanos igualmente, naquilo que todos tem em comum.Essa pureza, que , infelizmente o excesso de "razão" poluiu.Penso que sua abordagem dos contos infantis, seja muito sensível e questionadora, pois você os relê como inacabados, e acrescenta a eles tua visão poética.A obra aberta!O ser e seu sub consciente, sempre desconhecido.O mistério!

    ResponderExcluir
  7. Maravilhosos textos (no sentido de bons e no de explorar o maravilhoso dos contos de fadas)! Estou com um projeto de Releituras dos Contos de Fadas e com sua permissão citarei sua obra, com todas as devidas referências de autoria, é claro!

    ResponderExcluir
  8. Carlos Moraes F, muito obrigado pelos comentários.
    Sinta-se livre para usar meus poemas. E, por favor, mantenha-me informado sobre seu trabalho. Tenho muita curiosidade sobre releituras de fábulas e contos de fadas.

    ResponderExcluir
  9. Ida Guttemberg,
    Ida,
    É impossível entrar numa fábula ou conto de fada sem voltar a ser criança. E, nesta situação,a imaginação e a fruição se sobrepõem ao conhecimento. O importante é a saída, a salvação ou a resolução do impasse, não as circunstâncias das histórias.

    ResponderExcluir
  10. Eu amo as crianças, e a imaginação infantil.É aí que encontramos o ser humano,na sua pureza original. Por isso, adoro os contos de fadas.

    ResponderExcluir
  11. Ida Guttenberg
    Os Contos de Fada e as Fábulas expoêm a trama da alma humana.

    ResponderExcluir
  12. VILMA SILVA - Transcrito do Facebook > Você gosta do 7. Você sempre constrói séries de 7. Você construiu as oito rotas para fugir do labirinto, mas não conseguiu escapar dele... Ele se desdobrou em mais e mais. Mas também só podia resultar nisso. O número oito é o infinito ele mesmo. Eu também gosto do 7; na verdade gosto de todos os números. Eles não têm fim. Sempre é possível criar realidades que não as costumeiras. Agora, não entendo por que você chama sua fábulas de fauvistas.

    ResponderExcluir
  13. É fácil responder.
    Vamos começar pelo nome: ‘Fábulas Fauvistas’. Para não ir muito longe, pode-se usar a definição da Wikipedia: “As pinturas dos fauves eram caracterizadas por pinceladas aparentemente selvagens e cores estridentes, enquanto seu tema tinha um alto grau de simplificação e abstração.”
    No meu caso foi usar contos de fadas e fábulas imensamente conhecidas e ressaltar aspectos inusitados nelas. Como as cores fortes dos fauvistas.
    Gosto de números. ‘7 séries de 7’, ‘Labirintos - 8 Rotas de Fuga’ (que por acaso tem um excelente prefácio), ‘56 Lances de Dados’ (7x8=56), que são todas as possibilidades de 3 dados lançados. ‘64 Dilemas’ (64 casas do xadrez, 64 hexagramas do I Ching).

    ResponderExcluir