sexta-feira, 7 de agosto de 2020

Amsterdam – 2014/set/19 – Museu Van Gogh

Amsterdam – 2014/set/19

Fui até Arles/França para conversar com Van Gogh, o papo não progrediu, o pintor só queria falar da ‘amarelidade’ do amarelo. Me perdi nas vias, desvãos e desvios de sua (dele) mente.
Revolvi procura-lo em Amsterdam, no Van Gogh Museum. Lá o mestre é mais plural. Havia uma exposição temática: ‘Van Gogh em Paris’, de novo o mestre estava colorido, desta vez gris. Mesmo assim arrisquei palestrar.
“– Vincent a alma tem cor?” Me olhou ensimesmado, coçou a barba vermelha.
“– Sim, tem, todas.” O ponteiro-pincel demorou a se mover. “– Mas é volúvel, inquieta e nebulada, um matiz dela sempre predomina. Quando passo por Paris a minha confunde a paleta, muda de cor toda hora. Prefere se enrolar em tons azuis."
“– Como posso entender melhor isso?”
“– Olhe com paciência ‘Amendoeiras em Flor’. Um quadro pequeno, porque alma é tímida, só se exibe em nesgas ou janelas.”

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