Catherine Deneuve de Paris – do Cine Bijou e de muitos corações – como as santas, Catarina de Siena e Catarina de Alexandria , era bonita e inteligente na mesma medida. E ambos os atributos foram determinantes para a consecução dos destinos de todas as três.
A beldade francesa começou como atriz de comédias e musicais
românticos, porém logo se transformou em referência cultural e símbolo sexual
planetário.
Catherine Fabianne Dorléac emprestou seu corpo, coração, mente e sensibilidade
para ilustrar todos os tons e papéis que colorem e ocupam as mulheres pelo
mundo afora, sempre com verossimilhança e autenticidade.
Foi a fêmea fatal e a dona de casa normal, e ás vezes a instável e perigosa mistura
das duas. Deslumbrante em cada performance, todos os diretores se apaixonavam e viam nela a
mulher ideal para suas histórias, teses e divagações.
A eterna musa de Yves Saint Laurent e o rosto
mundial do Channel Nº 5. Além da Marianne, a figura oficial da República da França, a mais feminina das nações.
Katharine
Hepburn de Connecticut – das tardes nos cinemões e das sessões da tarde – foi poderosa como as rainhas-herdeiras, Catarina de Médicis e Catarina da Rússia, todas absolutas durante seus longos reinados, muito além do bem
do mal.
Chegou à
maturidade junto com o cinema, aprendeu que o sucesso é feito de dubiedades e persistências, de luzes, sombras e mistérios; que é preciso mudar e se reinventar de
acordo com os acenos do público.
Cometeu e
escondeu todos os pecados da velha Hollywood, até o mais proibido deles, a homossexualidade.
Ou não, até hoje seus biógrafos – amigos e inimigos – estão incertos. Contudo seu
melhor papel romântico foi como a ‘outra’ de Spencer Tracy, um homem casado e problemático. Uma
parceira dedicada e confiável, até o último dia.
Conheceu apogeus
e eclipses na carreira. Foi 'o veneno das bilheterias' e acumulou 12 indicações para o Oscar. Ganhou o primeiro aos
27 anos e outros três (68, 69 e 82), depois dos 60, já como uma atriz anciã, Há muito entronizada
como a rainha-herdeira do reino de Hollywood, por voto direto das plateias do
mundo.
Admirava a 1ª por sua beleza e a 2ª por sua personalidade.
ResponderExcluirEntão, José Francisco Alcântara, como eu, admirava as duas, e, parece, que pelos mesmos motivos.
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