Livros, o excesso e a falta deles
Durante minhas caminhadas diárias, de 90 minutos, ouço podcasts, viciado pelos meus filhos. Normalmente escolho Cultura Pop, Cinema ou Literatura.
Durante minhas caminhadas diárias, de 90 minutos, ouço podcasts, viciado pelos meus filhos. Normalmente escolho Cultura Pop, Cinema ou Literatura.
Ontem, ouvindo no PODOCAST GHOST WRITER (http://programagw.podomatic.com/) a
entrevista de Ryoki Inoue, um nissei brasileiro apontado pelo Guiness como o
mais profícuo escritor do mundo, com mais de 1.500 títulos publicados, tive dois picos cognitivos.
Matei uma velha curiosidade. Quem eram os autores daqueles
livrinhos em papel amarelo, baratos como um maço de cigarro e pequenos como um
lenço, que cabiam no bolso de trás das calças jeans? 95% de chances de – qualquer deles –
ser obra do Ryoki Inoue, um médico que largou o profissão para escrever. Fiquei
até com vontade de relê-los.
Pessoa fantástica certamente, o japonês multiplicado, vale a pena curtir suas histórias no Google. Contudo, o que
me mais prendeu minha atenção foi o comentário de Luiz Eduardo da Matta, um jovem
romancista carioca que participava do podcast.
Falou que numa das versões do BBB (não importa o número, porque
a unidade já é excessiva) tiraram todos os livro da tal casa quando perceberam
que os participantes passavam tempo demais lendo.
Me surpreendeu que lessem e fiquei confuso com a reação da Globo. Prestaram um mau serviço,
porque, além de desestimular a leitura do publico, evitaram que os ‘brothers’ ganhassem
cultura.
Mas, refletindo melhor, talvez tenham feito o bem. E se um ‘brother’,
lendo algum livro, e se achando um gênio, resolvesse se candidatar a deputado?
E deu no que deu, não foi mesmo? Baixa literatura só gera um Jean Willys.
ResponderExcluirE poucos livros, Carlos, não conhece outras opiniões.
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