De alguma forma, todos nós - peregrinos da cultura clássica ocidental - conduzidos pelo teatro grego, na imaginação, passamos por estes portais para conhecer o ciclo das grandes tragédias. Ésquilo, Sófocles, Eurípedes...
Como qualquer outro meteco grego, quando adentramos estas
muralhas e cruzamos a estreita porta, guardada por duplos leões, que nos conduz
a Micenas, sentimos o amargo travo do destino claro-escuro de Perseu, Agamenon,
Orestes e Clitemnestra, o inconsciente do homem ocidental.
Compartilhamos com eles a imensa aventura da escura tragédia humana, dividimos o incômodo e espanto dos mitos.
É o meio e o miolo da Grécia antiga, solo e matéria para do Teatro Grego e das Epopeias Homéricas. Talvez o verdadeiro pulsar do coração rubro da Hélade.
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