2016/set/30 – Provence
Picasso gostava de brincar que era dono do Monte Sainte-Victoire, aquela montanha que Cézanne pintou umas 80 vezes.
Era verdade, ficava praticamente no quintal do pintor, me garantiu
o ‘Nando da Cuíca’, um guia/jardineiro/paisagista francês dono de um barraco no
morro de São Conrado, que alugava pelo ‘airbnb’. Todo ano passava as férias no
Rio, para aprimorar sua arte e se exibir tocando Bossa Nova nas noites de Provence.
Durante umas férias em grupo no Sul da França contratava o Nando
como motorista-cicerone. Tinha sido moleque e adolescente naquela região, sabia
todos os atalhos, principalmente os proibidos.
Me levou para visitar o Castelo de Picasso, entramos pelos
fundos. Porém o mais importante não foi isso, ganhei dois cursos de graça.
Primeiro, degustar todas as variedades de uvas francesas,
escondidos, apanhadas dos pés, no fundo dos vinhedos.
Segundo, aprendi tudo sobre trufas, inclusive – e mais importante
– o segredo dos carvalhos que dão essas pérolas vegetais, o que não é nem simples
nem trivial.
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