Passei trinta dias (maio/23 inteiro) de carro, visitando o litoral da Itália. De Veneza a Sorrento/Capri. Barriga da perna, tornozelo, calcanhar e pé da bota. Com o desmesurado privilegio de poder degustar a variada e viciante cozinha da península.
Isso não é pouco, nem fácil. Agora cada vez que pedir um prato italiano, preciso considerar que tenho registrado na cabeça um paradigma, talvez imbatível.
Porém – o
inesquecível – foi uma ‘lasanha a carbonara’ que os deuses me serviram em
Ceglie Messapica, cidade de menos de 20 mil habitante, entre Monopoli e
Brindisi.
Devo esse
favor – aproveito para agradecer – à Poste Italiane. Estávamos perdidos vagando
pelas ruas desertas de Ceglie Messapica, sob o sol do meio dia, quando um
carteiro que nos observava resolveu intervir.
- ‘Posso aiutarli?’
Respondemos
num brasiliano do Brás.
- ‘Estamos
procuramos um buono restaurante’
- ‘Ti dirò cosa mi piace di più.’ E nos
ensinou a chegar lá.
Erámos os
únicos clientes, avisado, o dono esperava de mesa posta.
Italiano? Na dúvida sempre peço lasanha. Era simples, sem molho, sem nada, as camadas da
divina massa italiana eram intercaladas por recheios de queijos e temperos e
sobravam tostadas de todos os lados.
Comi
devagar, economizei e não reparti com ninguém.
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