Vi centenas de fotos do ‘Castel del Monte’, passei anos tramando toma-lo.
Me espantava o arrojo e a modernidade da arquitetura, a
desafiante beleza da construção, consistente sem concessões. Foi inventado em 1280, uma
excrescência frente aos ‘riscos’ e desenhos das outras fortificações daquela
época.
Não existe nenhuma edificação como ele. Talvez devesse
ser chamado de sonho, delírio, não de castelo. Não tem cozinha, nem estrebaria,
nem depósitos de alimentos. Seus sistemas de defesas privilegiam a beleza, não
a eficiência.
É uma ousadia octogonal, uma escultura, um relógio de sol, a
replica em pedra de uma coroa, um delírio da Geometria. A concepção é atribuída
a Frederico II da Suábia, grande amigo de Leonardo Fibonacci, quecultivava sementes
de infinitos. E um ‘claro enigma’ que multiplica mistérios e dúvidas.
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