Apesar de S. Paulo se proclamar a Capital Mundial do Grafite, em geral, as pessoas não gostam muito desta arte. Abominam aquelas escrituras ilegíveis (pixo reto) que degradam os prédios e a paisagem, especialmente nas periferias. Também não apreciam os desenhos ultra coloridos que ocupam as paredes mortas, viadutos e avenidas, avançando sobre os monumentos da cidade. Talvez seja uma guerra perdida, porque o Grafite faz parte dessas novas mitologias que estão invadindo as urbes, os museus e as mentalidades.
Uma das frentes dessa ‘invasão’ é o trabalho do ‘Invader’, um dos mais famosos grafiteiros do mundo, que mantem sua identidade incógnita, feito
super-herói. Seu apelido vem de um joguinho chamado ‘Space Invaders’ lançado em
1978, nos primórdios dos games, ainda em 8-bits, e com gráficos esquemáticos e quadriculados.
Seus trabalhos (ou invasões) não usam tintas, são colagens de mosaicos ou
azulejos inspiradas na estética e nos personagem dos games antigos.
Suas invasões abrangem mais de 50 cidades em todos os
continentes. São secretas e muito bem planejadas e documentadas.