terça-feira, 9 de março de 2021

2015/nov/01 – Lisboa – Cômoda de Fernando Pessoa

2015/nov/01 – Lisboa


Cheguei em Lisboa, peguei o bonde, e fui ladeiras acima para casa do Mestre. Queria ver a cômoda onde – ele garante - nasceram seus principais heterônimos e poemas.


Acho que obedecia a uma compulsão que arrasta a maioria dos poetas lusófonos do século XX. Desconfio que somos todos – às vezem sem saber e sem querer - heterônimos de Fernando Pessoa.

Precavido levei chocolates. Porque – como não há mais Metafísica no mundo - é preciso comer chocolates. Aproveitei para espiar pela janela, mas não vi nem a tabacaria e nem o Esteves, mesmo assim gritei-lhe:  “Adeus ó Esteves!”. E o universo” voltou a fazer completo sentido.


 

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