2019/ago/14 – Chicago
Depois da imprensa e dos meios de comunicações terem estilhaçado o quadro ‘Nigthhawks’ de Edward Hopper – 1941/42 - em bilhões de versões e variações.
Depois da Internet ter espalhado as imagens e cada bit de informação delas pelos multi-dobráveis mundos fractais e virtuais, a pintura virou uma incógnita, uma coleção de mistérios. Frente a ela parecemos sempre um daqueles leitores do livro de infinitas páginas de Borges, numa sabemos direito em que ponto da trama estamos.
Por isso precisei ir até o The Art Institute of Chicago para poder apreciar a obra apenas como um quadro comum pendurado na parede. Tentei abstrair tudo o que sabia sobre ele para focar apenas num ponto preciso: “o que exatamente a garota de rutilantes cabelos de cobre, vestido vermelho e olhar atento, dúbio e alheio segura na mão”?
Um petisco ou a chave mítica e mística do mundo? Até agora não sei.
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