25/ago/2018 – Porto Venere / Itália
Porto Venere poderia ser a sexta cidade das ‘Cinque Terre’, o quinteto de antigas e tortuosas praias italianas. Porém, já era muito grande e famosa, constava como um importante porto na costa oeste italiana, por isso destoraria num eventual sexteto.
Lá nasceu Simonetta Vespucci – a parente do navegador que deu nome à América - era a musa maior da pintura clássica italiana, paradigma da beleza feminina.
Também era o esconderijo predileto de Lord Byron (pai de Ada Lovelace – a musa cibernética) que frequentava um poço de águas agitadas que carregava seu nome, onde o poeta gostava de mergulhar, as vezes nu.
Contudo, talvez o detalhe mais extravagante dela, seja a principal porta
de entrada da cidadela fortificada, que diminuiu três vezes de tamanho. Um exemplo
documentado da dolorida adequação entre a ostentação e o medo.
A primeira redução parece pura paúra, a segunda e a terceira
preservam um pouco do orgulho, conforme sugere a singela talha de pedra dos batentes.
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