A Catedral de Colônia (Alemanha) é feita inteira de pedra. Rochas duras, cinza-esverdeadas – cor da eternidade. Monólitos drummonianos, daqueles que aparecem no caminho de todas as pessoas e que as retinas tão fatigadas de todo mundo não conseguem esquecer, nem evitar.
Obsessão antiga, velha e vetusta. Desmedida, do tamanho de
uma montanha, que a infinita pretensão humana, faz mais de mil anos, persiste
em construir, cortando e empilhando imensos pedregulhos aparados. Um indisfarçado
simulacro do desejo de construir uma escada para subir ao céu. Uma seta apontando
para o inalcançável.
Foi atacada e bombardeada dezenas de vezes ao longo dos séculos,
nas resistiu e persistiu. Por muito tempo foi o edifício mais alto do mundo.
Cada vez que entramos na catedral, nossos sentimentos se distendem e ficam dúbios, nos sentimos, ao mesmo tempo, apenas um nódulo no desenho das pedras e uma força irresistível que empolga a humanidade.
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