segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Sete Quadros Quânticos - A COLUNA PARTIDA





O humano parte a coluna porque ousou pôr-se em pé às vezes em pé de guerra algumas com pé de coelho devido ao pé-atrás da sua natureza cismática quanto a ser filho de deus ou talvez filho-família se sobre o pátrio poder fora disso quase sempre filho da mãe de outros pais que o vulgo abrevia na forma de fêdêpê prá poupar cuspe na boca sem precisar dizer fidalgo duque e príncipe mas jamais de peã do hino de invocação dos antigos gregos em homenagem a Apolo nem também do de preá primo legítimo do rato da família dos murídeos cuja carne é tão gostosa cuja caça em forja rasa fiz muito na minha infância para nos matar a fome nas muitas secas havidas foram setenta e um anos sem um único pingo d’água desde a primeira anotada pelo padre Fernão Cadim nos anos 1583 a 1585 até a última d’agora desde 2012 que não chove no sertão diabo que me carregue me proteja e se apiede de minh’alma revoltada não tão casta como deseja as sagradas escrituras mas diante da figura dessa mulher quase nua peitos rijos bicos roxos sinais de mulher fogosa na cama a coluna se ajeita quanto mais com um homem em cima eu quisera ser garoto prá enfrenta essa zinha mostrar que remédio bom prá curar mal de espinha é aquilo que você pensa mas não ousa confessar todos gostam do que tá escondido pelo manto branco de donzela imaculada inda que os riscos na pele morena possam dizer o contrário tal noiva que já vivia com o noivo apressado veste o branco no desfile da igreja e põe porém uma rosa avermelhada no seio já bulinado por outros além do noivo  Balzac  quem tem razão mulher de trinta é completa sabe de tudo fazer em geometria é grau dez em especial com as curvas da cintura para baixo na reta ao nível da cama é um deus-que-nos-acuda em ginástica ultrapassa o maior grau dos exames pois conhece posições que nenhum manual registra desde o cavalho-de-pau ao canguru-perneta e Magda que me perdoe embora perdão eu não queira para os assassinos que torturaram  artistas pintores jornalistas moças e moços no tempo das ditaduras.


Os Outros Seis


Picasso
GUERNICA - 1937

Salvador Dali
A Persistência da Memória - 1931

Edward Munch
O Grito - 1910

Rene Magritte
O Filho do Homem - 1964

Edward Hopper
Os Falcões da Noite (Nighthawks) - 1942

Gustav Klint
O Beijo (Amantes) - 1908

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