Depois as instigantes
grades de proteção do Viaduto Santa Efigênia, maravilha da refinada, porém
finada, arte da serralheria. Está entre os itens mais clicados da cidade, tema
de ensaios fotográficos de grandes artistas.
No meio a rendilhada estrutura
de aço do viaduto, admirada pela grandiosidade dos três longos arcos e pela
lógica e leveza do desenho. Fabricado na Bélgica, entre 1910 e 1913,
desembarcado no porto de Santos e transportado pela São Paulo Railway.
Embaixo as sapatas,
ou pilares, do viaduto, construídos por uma empresa alemã, para garantir a
sustentação, o equilíbrio e o nivelamento da vasta estrutura de aço. Cem anos
de garantia, vencidos em 2013.
Mais embaixo ainda o Rio Anhangabaú (‘rio do mau espírito’ / Teodoro Sampaio ou
‘água da face do diabo’ / Eduardo de Almeida Navarro) que, como os carros, amedrontava e ameaça a saúde da população. Por
isso, ambos – carros e córrego – agora jazem enterrados sob o imenso palco de
comemorações cívicas e manifestações políticas.
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Adoro ver estes locais da minha juventude. Conhecer-lhe as histórias me torna mais feliz porque no tempo mediano da sua construção eu transitava sobre o Santa Efigênia como se estivesse a passeio, embora fosse ao trabalho ou em demanda da pensão. Não era tempo ainda de correria como hoje. Deliciava-me a visão do Anhangabaú de um lado Correios, Praça da República; do outro, o Brás. Fico feliz por ver uma parte da geografia do tempo de minha vida. Obrigado, Douglas Bock! Devo-lhe informar que eu o tenho sequestrado, junto a esses monumentos e suas histórias para a minha "Timeline" do Face.
ResponderExcluirObrigado pela visita e pelos ‘sequestros’. Escrevo estas histórias, Carlos Gonçalves, porque quando ando por S. Paulo este sentimento de busca dos tempos passados me acompanha sempre. É muito difícil virar uma esquina, entrar numa avenida, cruzar uma praça sem me recordar de acontecimentos, pessoas, felicidades, tristezas, acontecimentos... Os monumentos e grandes construções duram mais, muitos deles ainda são os mesmos que enquadraram minhas vivências pela cidade. Espero que perdurem.
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