É neste local que, há mais tempo e continuamente, se disputam partidas de futebol de alta qualidade no estado e talvez no país. Entre aquelas quatro linhas caiadas no chão já foram travadas contendas memoráveis, decididos Campeonatos Paulistas, Brasileiros e Sul-americanos.
Desde 1902 o terreno sagrado do Futebol Paulista passou por muitas mãos: SC Germânia, América FC, times que o vento do tempo levou. Entretanto, em 1920, os deuses escolheram seus guardiões definitivos: a Società Sportiva Palestra Italia.
Em 1942 os guardiões do templo foram obrigados a mudar de nome, viraram Sociedade Esportiva Palmeiras, que honrando suas tradições já construíram no Solo Sagrado duas Catedrais para o futebol: o Stadium Palestra Itália, em 1933; e a Arenas Palmeiras, em 2014. Ambas consideradas (na ocasião) as melhores do país.
Mas deixamos de consagrar como ídolos os poetas e os romancistas. Os templos dos saberes e as bibliotecas perderam um espaço valioso:o coração de um povo que, desviado da literatura viu como opção o espaço das disputas esportivas, jamais as intelectivas.
ResponderExcluirPerdoe-me caro Douglas Bok as minhas mal traçadas linhas. Sei que a arquitetura também é um nicho importante. É o testemunho cultural de um povo (saravá Oscar Niemeyer), mas a finalidade e o conteúdo não deve desviar a atenção do povo.
Obrigado pelo comentário, Carlos Gonçalves.
ResponderExcluirNem o viés arquitetônico me salva. Não pensei nisso quando escrevia. O texto é pura bravata de torcedor, que, por definição, habita além da Razão.