ítlantes e Cariátides são aquelas figuras antropomórficas usadas na Arquitetura como colunas ou suportes de arcos. Quase nenhuma escola arquitetônica
deixou de se aproveitar desse recurso estético. S.Paulo ainda tem um vasto número dessas criaturas espalhadas pela cidade, meio escondidas, sujas e violentadas de diversas
formas. Quanto tempo resistirá a espécie?
Um dos conjuntos mais interessantes de Atlantes fica no Edifício York, Rua São Bento, 290. Dois pares de gigantes, infelizmente desfigurados por muitas demãos de
tinta.
Existe outro belo grupo – já com cores Blade Runner – no prédio
do Círculo Esotérico da Comunhão do
Pensamento, na rua Dr. Rodrigo Silva, 55, perto da Praça João Mendes.
Quatro Atlantes gêmeos univitelinos, enredados pela fiação elétrica e resistindo contra todos
os desprezos. Um deles com um braço perdido na batalha.

Desgarrado e solitário vive um pobre Atlante no terraço de um sobrado na Rua Almirante Marques Leão, 353 – Bixiga. Aposentando, talvez por idade, sem bolsa família, não suporta mais nada, apenas olha tristonho para a rua quieta. Este Blog, compadecido, resolveu colocá-lo entre as duas belas Cariátides,
para consolo e alegria, ao menos virtual.

Juntam-se ao grupo mais dois pares de Atlantes (gostam de duplas, talvez para conversar na monotonia das horas). Prestam relevantes serviços na Rua Benjamin Constante, 177, perto da Casa das Arcadas. Como eram fotogênicos e estavam limpinhos e bem cuidados, ganharam homenagem no cabeçalho do Blog em novembro de 2013.
Um
casal de Atlante e Cariátide (viva a igualdade) envelhece junto e sustenta o Palacete Nacim
Schoueri, no Parque Dom Pedro / fim da Ladeira Porto Geral.
(Obrigado
pela dica Alberto Viana)
Os Atlantes da Pinacoteca.
Parabéns! Gosto muito dos Atlantes. Conheço alguns que estão quase morrendo de tanta angústia e solidão, e, principalmente tristeza, pelo descaso do poder publico que gasta milhões com virada cultural, em que, não promove cultura a ninguém. Mas, não olha para as obras clássicas públicas que contam a história da Cidade.
ResponderExcluirMuito abrigado, José Lourenço, pelo seu comentário. Temos que no futuro, como as espécies extintas, os Atlantes e as Cariátides paulistas só serão conhecidas pelos registros fotográficos. Porque, para os proprietário, que não existem incentivos para a restauração, nem mesmo dedução de impostos.
ResponderExcluirObrigado pela informação, não sabia que estas formas tinham nomes específicos. Sempre presto atenção nos citados atlantes do Círculo do Pensamento, nos da Rua Benjamin Constant (Edifício Xavantes se não me engano) e nos do Edifício York. Há também dois no Palecete Nacim Schoueri.
ResponderExcluirObrigado pelo comentário, Alberto Viana.
ResponderExcluirGostei da dica sobre o Palacete Nacim Shoueri, numa das minhas caminhadas vou passar por lá, fotografar e colocar no Blog Paulistando.
Os atlantes da Pinacoteca são réplicas dos atlantes que estão na fachada do teatro municipal.
ResponderExcluirObrigado pela comentário. Mais do que réplicas parece que são 'sobras' ou cópias com defeito.
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ResponderExcluirObrigado pelo comentário.
ResponderExcluirSempre li que os atlantes da Pinacoteca eram cópias adicionais e de segurança dos utilizados no teatro. Vou ver o que encontro de sua explicação.