Marquei um encontro com Chet Baker onde encerrou sua caminhada. 13/maio/1988, Prints Hendrik Hotel, Centro de Amisterdan. Jogou-se (ou foi jogado?) do segundo andar.
Um trompetista maior e um cantor extrínseco à arte do canto, suaves sussurros, nervuras do som. O provável modelo para João Gilberto.
Igual a todo mundo, queria muito perguntar sobre o ato final, mas me contive. Troquei de pergunta.
“– Posso ficar ouvindo você e imaginando a praça cantar 'My Funny Valentine'?”
“– Ok, então vamos cantar a versão do disco ‘Sings’ de 1954.”
Foram apenas 140 segundos, 2,20 minutos. Uma voz temperada com tudo o que de bom e ruim pode um homem experimentar e expressar, viver e dizer. Um ímpeto controlado em busca da beleza sutil.
Parti alguns segundos antes do fim para que sua (dele) voz permanecesse na minha memória para sempre.
Um trompetista maior e um cantor extrínseco à arte do canto, suaves sussurros, nervuras do som. O provável modelo para João Gilberto.
Igual a todo mundo, queria muito perguntar sobre o ato final, mas me contive. Troquei de pergunta.
“– Posso ficar ouvindo você e imaginando a praça cantar 'My Funny Valentine'?”
“– Ok, então vamos cantar a versão do disco ‘Sings’ de 1954.”
Foram apenas 140 segundos, 2,20 minutos. Uma voz temperada com tudo o que de bom e ruim pode um homem experimentar e expressar, viver e dizer. Um ímpeto controlado em busca da beleza sutil.
Parti alguns segundos antes do fim para que sua (dele) voz permanecesse na minha memória para sempre.
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