Ouvindo Bach no Órgão Grenzing na Catedral Evangélica de S.Paulo, e embalado pela música fantástica, lembrei da conversa que tive com o compositor-organista em Leipzig, onde ele descansa atento.
“– Perdão Mestre. O órgão é a melhor maneira de conversar com Deus?”
Demorou a responder, a ligação era transcendental.
“– O homem não conversa com Deus, apenas fala com Deus, que nunca responde, mas às vezes – Ele ou o acaso – parecem agir.”
Fiquei quieto, temi questionar, esperei que continuasse.
“– Eu gostava de falar com Ele através do órgão, Paganini preferia o violino, Jacqueline Du Pré o cello, Jimi Hendrix a guitarra e Chet Baker o trompete...”
“– Os tempos modernos estão confusos. O homem fala com Deus, mas espalha antenas pelo mundo para ouvir Ets.”
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