domingo, 3 de maio de 2020

64 DILEMAS - Livro-Lúdico






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PREFÁCIO

O título óbvio deste livro é a prosaica totalização dos 64 poemas chamados
‘Dilema...’.  Contudo tanto 64 quanto Dilema têm diversas outras conotações
interligadas que atravessam a vida e este ciclo de poesias.

64     /     SESSENTA E QUATRO
‘Revolução’ de 64 — Foi o marco da minha geração. Em política o primeiro
desafio foi entender 64. Datar um assunto como pré ou pós 64 era um sinal
binário que mudava o contexto da conversa.

64 Hexagramas — De todas as tiragens de sorte e sistemas preditivos o
I Ching é o mais interessante, o mais bem estruturado e o melhor documentado.
Durante milênios grandes mentes se debruçaram sobre seus mistérios,
peculiaridades e regras, acumulando registros escritos que se confundem
com o cerne da Filosofia e Poesia oriental. Os desenhos sutis dos 64 hexagra-
mas estão omnipresentes na cultura humana.

64 casas do jogo de xadrez — A mais velha metáfora da vida e da guerra.
Um confronto de 32 peças bicolores que emula todas as incontáveis experiências humanas. Uma alegoria que entretece os sonhos, temores, vicissitudes e a
rala sabedoria que nos envaidece. Quem sabe o mais complexo sistema estru-
turado operado pelo homem. Talvez um repto aos limites da mente racional. 
Então veio o Deep Blue - um computador - que derrotou nosso campeão,
Kasparov. O que foi isso, um desafio? Ou um alerta contra a vanglória humana?
Seria 64 um daqueles números inextrincáveis que fazem parte da trama íntima
do universo? Uma fronteira da racionalidade? Ou somente uma perplexidade
da Poesia.

DILEMAS     /     ESCOLHAS
Escolher é fácil — difícil é renunciar a todo o resto.
Ir ou não ir?  Amar ou não amar? Crer ou não crer? O ser ou não ser de
Hamlet. Os Dilemas estão presentes em cada ação humana. Na origem
de tudo está um Dilema, uma escolha simples e binária.

O número 64 é o infinito ao quadrado (‘∞’, o 8 deitado), representa e emula
o incomensurável, o imperscrutável limite mental do homem. Entretanto,
são os Dilemas, as opções, as escolhas compulsórias — sempre simples
e binárias — que constroem, corroem e destroem nosso psiquismo. Talvez
os poemas ‘Se’, de Kipling, ‘Ou Isto ou Aquilo’, de Cecília Meireles, também
pudessem se chamar ‘Dilemas’.

Será que a Poesia pode preencher os interstícios entre as duas partes?

 64 DILEMAS EM PAPEL / PDF 


4 comentários:

  1. A este teu olhar generoso sobre nós, agradeço por tornar publica tão valiosa obra.

    Cuidado todos os detalhes visuais, navegação intuitiva, linguagem visual direta, permanecia do controle das funções, percebo o teu esforço em nos prestigiar com pérolas aleatórias, inovando e disponibilizando a qualquer hora, em qualquer geolocalização este livro dinâmico, sei que nenhuma fadiga lhe foi grande o suficiente para te fazer desistir.

    Obrigado Douglas Bock, estou voltando lá para ler o próximo Lance que a sorte me reserva.

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  2. Muito obrigado pelas palavras e pelos vastos elogios que elas carregam.

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  3. Transcrito do Facebook >> Vilma Silva - Esses teus dilemas são incríveis, Douglas. Acho incrível também essa viagem que você faz pela cultura europeia e cruzamento com tradições ancestrais, e mais incrível é essa invenção que transforma tudo isso em um jogo, retirado de um dos temas que formam seu entrecho.

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  4. Transcrito do Facebook >> Douglas Bock - Olá Vilma Silva, muito obrigado pelo seu comentário, mas uma vez vou transcrevê-lo no Blog Paulistando para poder revisita-lo.
    Enquanto escrevia os |64 Dilemas| lia muito John Donne, que é um dos principais ‘poetas metafísicos’. Fui conduzido a ele por T.S.Eliot. Assim os |64 Dilemas| dialoga bastante com as referências culturais que marcam nosso tempo.

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